Atualmente, estamos em transição entre a era moderna e a era pós-moderna. A revolução atual deste mundo ocorrida nos últimos quarenta anos, que gerou a atual era contém muitas causas que a tornam complexa, por isso, para a produção deste artigo nos fez inspirar na fenomenologia de Charles Peirce, e assim, nos deter no mais pequeno fenômeno deles, que é o núcleo da semente que faz brotar a reação de um ser ou objeto à ação do outro ser ou objeto, banalmente conhecida como comunicação.
A comunicação é o objeto de estudo da semiótica que é a Ciência da Linguagem, cujo estudo abrange todas as formas de comunicação, como por exemplo a linguística, a comunicação pela inteligência natural e a comunicação pela inteligência artificial (A.I), não se tratando de ciência do modismo, mas de uma das mais belas arquiteturas da comunicação que nos parece imbricada na sabedoria de São Paulo quando ele se referiu à arte de interpretar a língua: a um o Espírito dá a mensagem da sabedoria...a outro o dom de falar em línguas, a outro o dom de as interpretar (ICor, 12, 8.10c), criada por uma vóz, que no mundo científico, as vezes nos parece a de João Batista (o precursor do Messias): como a vóz que clama do deserto, no sentido de que fala para muitos surdos, que em razão disso, não fazem brotar a terra, como num deserto inerte.
Pois, nesses últimos tempos, com a sofisticação da comunicação mediada por computador - CMC (CASTELLS, 2013), muito ouvimos falar da A.I, como se fosse coisa da pós-modernidade, mas seus estudos já estavam conosco deste o século XIX, desenvolvidos por Peirce, que nasceu em 1839 e morreu em 1914, nos fazendo crer que somos muito lentos para ouvir e acolher as palavras, não menos injustiçado está também Gilbert Simondon, que há quase setenta anos falou da harmonia da humanidade com a máquina, cujo pequeno contato que tivemos através de alguns fragmentos de sua obra, foi o suficiente para nos mostrar que esse Autor vislumbrou a criação da máquina com a mesma beleza e razão de ser da arte que forma a humanidade do ser, para nós, esta arte é como a harmonia gerada pelo dom dado por Deus ao homem, de tirar o seu sustento do próprio trabalho (Gn 3,19), reproduzido no pensamento de autor desconhecido que diz: para sobreviver o homem precisa do trabalho, para viver precisa da arte, mas, nesse tempo, o homem ignorou tudo isto, e tratou a máquina com forma de lucro, substituindo a arte pelo comportamento predatório.
No entanto, agora, nos pareceu ecoar no ouvido de alguns estudiosos das grandes universidades de nosso País e do mundo, mas, ainda, não nos ouvidos dos teólogos, pois até onde fomos, tanto Peirce quanto Simondon nos pareceu totalmente desconhecidos ou, quando não, ignorados pelos formadores religiosos.
Mas, nosso propósito neste trabalho é falar do fenômeno da comunicação, voltemos a ele, considerando que a semente que produz o fruto da comunicação, até a época moderna, tem em seu núcleo o fenômeno natural: espaço-tempo (KANT apud PASCAL, 2011), que por sua vez, é responsável por gerar o relacionamento a partir do compartilhamento do mesmo ambiente físico entre nós. Nessa comunicação, com o compartilhamento do mesmo ambiente físico as relações sociais produzem em nós símbolos e significados (THOMPSON, 2014), como se fossem um glossário para o nosso dicionário de emoções, que servirão para formar a nossa percepção sobre as experiências semelhantes, gerando um acervo de tradições (IZQUIERDO, 2011), que costumamos chamar de cultura.
A mudança da era moderna para a pós-moderna, teve como fenômeno de peso, a comunicação mediada por computador - CMC (CASTELLS, 2013), que alterou a estrutura das relações sociais pelo mesmo núcleo dessa sementinha, qual seja, o fênomeno da natureza de: espaço-tempo, re-estruturando assim as formas de relacionamentos como que, acrescentando na comunicação natural, um elemento transgênico em seu núcleo, o bit (binary digits) que dispensa o compartilhamento do mesmo ambiente físico.
A CMC é estruturada por códigos binários (bits), que na mediação transformam a nossa comunicação em dados digitais, como a um interruptor de lâmpada, na base de: ou é zero ou é um (linguagem binária), que, pelo nosso senso comum, acreditamos que a CMC ao mediar a nossa comunicação, de certa forma, contamina o nosso relacionamento, trazendo na relação, fragmentos de elementos do zero e um, misturando nos símbolos e signficados que estruturam nossas culturas, resíduos de códigos ou impressão de máquina, limitando com isso, a intensidade dos símbolos e significados, comprometendo nossa capacidade de emoção (UHLS et al., 2014), de sentir, do real, ao deixar a estrutura da relação social com a emoção, para se eleger a realidade reflexiva, pois se predomina no plano imaginário (CASTELLS, 2013), com isso, permancemos longo tempo divagando dentro de um universo virtual ou reflexivo, como que distraídos, dormindos e as vezes, até mesmo em devaneios, e, se por natureza, já somos surdos, ai, ai, ai.... o que será de nós?
Cremos que o leitor ja viveu a experiência de entrar em um restaurante, ou em um passeio na praia, ou na montanha, ou estar viajando, eu vivi esta experiência também na missa e incontáveis vezes na sala de aula, e constatar que as pessoas não manifestam a emoção da realidade presente, mas estimulados pelos efeitos reflexivos dos bits, estão com os olhares dispersos, distraídos, alienados com as telas, nos parecendo em casos extremos, ser um dos fatores que causam o esquecimento do filho dentro do automóvel pelo pai ou pela mãe.
Esse contínuo estímulo ao universo reflexivo torna morna as experiências de compartilhamento do mesmo ambiente físico, parecendo-nos, nem gerar mais cultura ou tradições, nos fazendo crer que ao viver na sociedade da informação e depois na sociedade do conhecimento, agora vivemos também na sociedade da ilusão, ao qual, o homem do futuro é desafiado a escolher se prefere construir suas próprias emoções e continuar produzindo a arte, ou se prefere apertar uma função holográfica e se iludir com o faz de conta codificado pela máquina, já que ele possui o conhecimento para reproduzir emoções artificiais através delas.
Nesse caso, o problema é que a abstração produzida pelas telas, impedem sua percepção, que é o verdadeiro alimento da sua humanidade pois, estrutura a sua consciência, característica que o faz se diferenciar de todas as outras espécies viventes, tornando-o conhecido como espécie humana.
Não é nosso propósito condenar a CMC, ele é fundamental e imprescindível em nossas tarefas diárias, contudo, ela deve ser um acessório para nossas atividades e propósitos de forma que não nos faça viver no universo da abstração, evitando o artificialismo se tornar o centro de nossas vidas, mantendo nossa emoção como por exemplo, no uso do telefone, que desde os meados de 1800 acompanha o homem, tendo seu uso definido, sem contudo contaminar as relação sociais ou nos deixar abstraídos.
Pois, essa abstração bloqueia a nossa percepção e as comunicações transgênicas nos leva a substituir o amigo real pelo virtual, ou irmão real pelo remoto e, a perder a emoção da vida presente como um ser isolado em uma ilha deserta, que já não percebe mais a beleza do lugar por divagar continuamente sobre a vida em sociedade.
Este artigo é dedicado ao mais fiel dos discípulos de Charles Senders Peirce, que continua nos dias de hoje, o árduo oficio de ecoar sua voz no deserto de homens e ideias. Lúcia Santaella dedico este trabalho a você, com minha mais profunda, sincera e fraterna estima.
Nota: A estrutura semiótica do texto que explica a sua produção multidimensional está publicada após as referências.
REFERÊNCIAS: CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede, volume 1. Rio de Janeiro: 6ª. ed., Paz e Terra, 2013.
IZQUIERDO, Iván. Memória, Porto Alegre - RS: Artmed, 2011.
PASCAL, Georges. Compreender Kant. Tradução de Raimundo Vier. Petrópolis: Vozes, 2011
THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. 15ª. Ed. Vozes, Petrópolis, RJ, 2014.
UHLS, Yalda T. et al. In. Computers in Human Behavior 39 (2014) 387–392. Disponível em <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0747563214003227>. Acesso em 08.09.2014.
Estrutura semiótica do texto: percepção da realidade
Partimos da hipótese de que a separação em físico e metafísico causa a abstração pois, impede a percepção que permite a reprodução real do fenômeno por ser integrada pelo físico e o metafísico.Por isso, a estrutura do texto percepção da realidade segue a ideia oposta à teorização, nos baseando em Massumi (2009) que sobre esse termo se refere ao movimento da Academia Americana na década de 1960, que criou as especializações sob o infame termo de teorizações que se expandiu além das já discutidas divisões entre ciências físicas de um lado e humanidades e ciências sociais do outro.
Também em Morin (2012) que na mesma linha de Massumi (2009) afirma que a divisão em disciplinas, chamadas por ele de hiperespecialização, se fecha em si mesma e impede com isso, de se ver o global, pois, se apresenta fragmentada em parcelas (MORIN, 2012).
Considerando essas posições, o texto, ao contrário de separar o físico e metafísico, se estrutra na percepção a partir do panorama realista. Assim a percepção da realidade que é o título do texto analisado é para nós a habilidade do leitor de ler, e conseguir perceber a realidade da expressão ao sair do plano reflexivo e assim, reconhecê-lo no universo à sua volta. Por exemplo, a experiência vivenciada em sala de aula, nos dias de hoje são abstratas, pois o aluno e professor mesmo se preocupando com a contextualização, que busca ilustrar os símbolos e significados permanecem abstraídos, pois a contextualização traz os fenômenos para dentro do texto (contexto) e os mantém no plano reflexivo, ao passo que, com a percepção, o aluno saí da reflexão e passa a criar os símbolos e significados percebendo a integração dos pressupostos com a realidade, não é contexto mas, algo próximo de uma simulação que o faz se localizar e se orientar no ambiente.
Podemos citar como exemplo comparativo entre o contexto (abstração) e a perceção (símbolos e significados), quando ouvimos do aluno que ele tem a sensação de que nunca vai usar os ensinamentos de determinada disciplina, ou mesmo do próprio curso que está fazendo.
Outra comparação que poderíamos fazer foi quando testemunhamos um aluno de teologia afirmar que a experiência mais intensa que ele teve com Deus foi quando lia a Bíblia em casa, pois o estudo metodológico e abstraído de Deus no curso o fazia perder a fé.
Assim, acreditamos que a abstração na educação, que se repete na comunicação mediada por computador - CMC, ocorre por nos mantermos em um plano reflexivo como se o texto ou o tema da aprendizagem fosse algo metafísico, não compondo um fenômeno, isto é, limitado, sem a presença da simetria físico/metafísico, ao passo que, na percepção, ao trabalharmos com o fenômeno físico/metafísico ela se torna panorâmica ao se compor na multiplicidade geométrica de altura, largura e profundidade.
Ao fundamentarmos a percepção global na teoria realista de Kant, percebemos que ela também possui uma representação geométrica na ação de linguagem e reação de linguagem produzida pela informação que chamamos de interação, pois, ela é composta de tempo e espaço que pode ser representada pelo gráfico conhecido como linha do tempo.
Essa fundamentação é complementada pela fenomenologia semiótica de Charles Peirce que no seu trabalho sobre pragmaticismo (discordando do pragmatismo) afirma a opinião de que a natureza e a mente têm uma comunhão entre si capaz de dar aos nossos palpites uma tendência em direção à verdade, ao mesmo tempo em que eles requerem a confirmação da ciência empírica (HOUSER apud VIANA, 2014, p. 60), que será demonstrado com mais detalhes no item 3 abaixo, quando afirmamos que a consciência é material pois é formada a partir dos alimentos dados pela natureza (neurotransmissores) e imaterial ao se tornar campo magnético (axônios).
A percepção, nos permite afastar da abstração ao qual nos fundamentamos em quatro pontos:
a) Teoria realista de Kant com a percepção múltipla de material e imaterial;
b) simetria da teoria realista com a dualidade do fenômeno fótons em que Einstein identifica a mesma multiplicidade de Kant, na luz, ao definir que ela é composta de onda e partículas;
c) Simetria entre a teoria realista com a dualidade dos fótons na dualidade dos sígnos e significados que compõem a multiplicidade cultural a partir das partículas de alimentos (neurotransmissores) e ondas (axônios), que formam a consciência, com base em (IZQUIERDO, 2011).
d) A fenomenologia da linguagem realista a partir das ciências teológicas na interação entre homem e Deus, tem por base as mesmas simetrias identificada entre a teoria realística, teoria da relatividade e a Escritura Sagrada, configurada na experiência de viver a obra (material) e a fé (imaterial).
Nesta experiência o fenômeno produz os símbolos que são representados pela arte pois ela: produz um estilo de ser, que vai acompanhado de um estilo de gostar e, pelo fato de o ser humano se realizar enquanto ser social por meio de objetos, imagens, palavras e gestos, os mesmos setornam vetores da sua ação e de seu pensamento sobre seu mundo (LAGROU, 2010, p.1) que aqui nesse trabalho usamos a música que ajuda a percepção global, demonstrando juntamente com a realidade mística entre Deus-criação, que a arte não é apenas entretenimento, mas contribui para a produção do conhecimento ao representar os símbolos e significados da realidade cotidiana retratada pelas canções, gerando a intensidade da energia no fenômeno fé-obra, ou seja, o fenômeno místico fé-obra, que na relação entre homem e Deus nada mais é do que um elemento que encandece o amor.
A teoria realista
1) A linha do tempo, ou o fenômeno tempo e espaço de Kant é composto de imaterial (tempo) e material (espaço) que constitui a percepção global: O espaço e o tempo, com efeito, são as formas em cujo interior se ordena a multiplicidade fornecida pela sensação (KANT apud PASCAL, 2011, p. 52), que são complementadas nas afirmações da revolução copernicana de Kant, que substituiu a teoria do conhecimento de uma hipótese idealista à hipótese realista, pois, os fenômenos são oriundos do realismo, admitindo-se o perceptível (sensível) e o cognoscível (inteligível) (ibid., 2011).
Para nós aqui no texto percepção da realidade, esta teoria representa a integração do global em: material e imaterial cujo conhecimento sobre um fenômeno adquirido pela percepção global decorre não especificamente de um único objeto que informa a comunicação, mas de uma infinidade de símbolos e significados no índice de tradições do ser que é a sua cultura (IZQUIERDO, 2011), confirmando o pressuposto de que não há homem burro, mas com experiências ou oportunidades diferentes, pois, todo o seu conhecimento se dá pelos acervo da cultura sedimentada em si, que nem sempre é homogêneo porque resulta de suas experiências diversas individuais e coletivas, que lhes criam símbolos e significados.
Nesse pressuposto ao aplicarmos a teoria de Kant que busca estabelecer um critério lógico para os fenômenos das ciências humanas diante das exatas, afirmando que: a possibidade de um conhecimento a priori de tais objetos, pelo qual se estabeça alguma coisa a respeito deles antes mesmo que nos sejam dados (KANT apud PASCAL, 2011, p. 36), vemos que a consciência segue esse critério na lógica de que o conhecimento é a representação da experiência vivenciada, ou seja, cultura, que decorre da articulação sistêmica da memória em uma ação múltipla geradora de símbolos e significados no espaço/tempo que ocorre no fenômeno neurotransmissor/axônio explicado no item 3 abaixo.
Na mesma tese realista de Kant, ao diferenciar os conhecimentos racionais da matemática e física, a linguagem humana baseada no acervo cultural, o racional aqui na nossa colocação, representa os juízos analíticos afirmados por ele, que se diferenciam da linguagem binária (códigos) que não possui o acervo de sígnos e significados, que para ele na mesma diferenciação, representa os juízos sintéticos (KANT apud PASCAL, 2011), que naquela obra se colaca em oposição ao idealismo, que supõe indevidamente que o espírito, o abstrato, intervém na elaboração do conhecimento e com isso se dividindo no metafísico que intervém sobre o físico (ibid., 2011) que para nós equivale à teorização;
A teoria da relatividade de Einstein e Planck
2) A teoria realista de Kant estruturada na linha geométrica tempo/espaço que é material e imaterial, se assemelha ao fenômeno descoberto por A. Einstein quando este físico interpretou sobre o fenômeno de arrancar elétrons de uma placa, incindindo luz sobre ela que, para isso, demanda certa quantidade de energia, cujo nome dado para isso foi fotoelétrico (E-FÍSICA, 2007).
Nessa interpretação Einstein concluiu que isso só seria possível com a existência de partícula, que denominou quanta de luz, que hoje são chamadas de fótons, para nós representando a menor unidade da luz ou um fenômeno de luz, composto por partículas de luz (material) e ondas de luz (imaterial), que permite a mesma comparação com o quantum hoje chamado de quântica, de Max Planck (PLANCK apud McEVOY e ZARATE, 2012), que chama de quantum o fenômeno dentro do átomo, composto da menor unidade de medida no sistema métrico (material), representando a sua bilionésima parte, ao qual denominou nanômetro e a menor unidade de tempo (imaterial), representando a trilhionésima parte do segundo, chamada picosegundo, consumando a simétrica multiplicidade de Kant nos quantuns de luz e do átomo, que para nós aqui no texto, a percepção global do fenômeno luz que se constitui de material (luz) e material (partícula) e do átomo de nanômetro (material) e picossegundo (imaterial).
A Composição da consciência pelo fenômeno físico e metafísico
3) Este mesmo fenômeno de multiplicidade material/imaterial também se repete na comunicação humana, que decorre da consciência do homem, ao ser produzida a partir da reação química dos alimentos, portanto, partículas, que ao serem digeridas (neurotransmissores) se transformam em campos magnéticos (axônios) nos neurônicos, ou seja, ondas (IZQUIERDO, 2011), portanto, a comunicação também possui a mesma simetria com particulas (material) e ondas (imaterial), nos permitindo assim confirmar a afirmação de que o homem é luz, pois, se a luz é onda e partícula, a sua consciência também é onda e partícula a exemplo da luz.
Esse fenômeno também vem de encontro à semiótica de Peirce que Santaella (1998) ao considerar os sentidos humanos e a mente, chama de prova irrefutável, ao interpretar a teoria da percepção formulado por Gibson demonstrando que a percepção se articula entre os cinco sentidos (físico) e a mente (metafísico):
nossos órgãos sensoriais ou seja, nossos cinco sentidos, são meios através dos quais se estabelece a ponte entre o que está no mundo lá fora, ou, pelo menos, o que nos chega como estrangeiro, e o mundo que, na falta de um nome melhor, chamamos de mundo interior. Os órgãos sensoriais funcionam, consequentemente, como janelas abertas para o exterior. Nessa medida, esses órgãos são superfícies, passagens, capazes de explicar alguns dos fatores, os mais propriamente sensórios da percepção, mas não são capazes de explicar porque toda a percepção adiciona algo ao percebido, algo que não está la fora, no mundo fenomênico, e que não faz parte portanto, da estimulação. Nesse ponto é a mente que entra em cena, pois é dela a tarefa da síntese, vem dela a elaboração daquilo que chamamos de compreensão ou significado tanto do que está lá fora quanto da estimulação que é produzida como efeito (Ibid. p. 22).
Ao ligarmos essa interpretação de Santaella com o fenômeno digestivo/neurológico de Izquierdo temos a sensação de que se analizarmos Izquierdo isoladamente na ação dos neurotransmissores como processamento dos alimentos na função fisiológica, estaríamos caindo no velho vício da abstração, analisando apenas uma parte do fenômeno, o fisiológico, ao passo que se ligarmos com Santaella na ação de ver os neurotransmissores como janelas abertas para o exterior, podemos perceber que eles não só produzem, fisicamente, a ação fisiológica de processar os alimentos, mas, também carregam em si, no mesmo processo físico, a informação da sensibilidade dos cinco sentidos, que a priori, nos parece aqui, ser capaz de dar o estímulo que transforma o processo químico em campo elétrico, avançando o processo para os axônios que seguindo um rito, nesta fase funcionará como o start da memória, ou relê de ignição.
A sequência desse rito poderá ser compreendida ao voltarmos para o trabalho de Izquierdo, quando afirma que o processo da memória se classifica em memória de trabalho, memória de curta duração e memória de longa duração (IZQUIERDO, 2011).
Assim podemos esquematizar o processo com os seguintes ritos:
a) na parte física ou material, partimos dos neurotransmissores que processam os alimentos;
b) a partir dos sentidos nervosos (os cincos) produzem o estímulo para a ação dos axônios criando o campo magnético ou elétrico.
c) iniciando o processo imaterial, os axônios agem, emitindo sinais eletromagnéticos (informação) para axônios de outros neurônios no cérebro, startando a memória de trabalho: nesse ponto é a mente que entra em cena (SANTAELLA, 1998,p. 22), que vai funcionar como um buscador, nos índices de exeperiências vivenciadas que estão gravados no acervo da memória de curta e de longa duração (IZQUIERDO, 2011).
d) Ao definir o significado pela memória de trabalho, a memória segue em um processo sistêmico de auto-realimentação chamado de autopoiese (MATURANA & VARELA, 2011), revitalizando os símbolos e significados, reciclando-os ou criando novos: a correspondência entre o resultado perceptivo e aquilo que o provoca não é, portanto, uma correspondência ponto a ponto (SANTAELLA, 1998, p. 22) concluindo o processo que chamamos de consciência.
a) Teoria realista de Kant com a percepção múltipla de material e imaterial;
b) simetria da teoria realista com a dualidade do fenômeno fótons em que Einstein identifica a mesma multiplicidade de Kant, na luz, ao definir que ela é composta de onda e partículas;
c) Simetria entre a teoria realista com a dualidade dos fótons na dualidade dos sígnos e significados que compõem a multiplicidade cultural a partir das partículas de alimentos (neurotransmissores) e ondas (axônios), que formam a consciência, com base em (IZQUIERDO, 2011).
d) A fenomenologia da linguagem realista a partir das ciências teológicas na interação entre homem e Deus, tem por base as mesmas simetrias identificada entre a teoria realística, teoria da relatividade e a Escritura Sagrada, configurada na experiência de viver a obra (material) e a fé (imaterial).
Nesta experiência o fenômeno produz os símbolos que são representados pela arte pois ela: produz um estilo de ser, que vai acompanhado de um estilo de gostar e, pelo fato de o ser humano se realizar enquanto ser social por meio de objetos, imagens, palavras e gestos, os mesmos setornam vetores da sua ação e de seu pensamento sobre seu mundo (LAGROU, 2010, p.1) que aqui nesse trabalho usamos a música que ajuda a percepção global, demonstrando juntamente com a realidade mística entre Deus-criação, que a arte não é apenas entretenimento, mas contribui para a produção do conhecimento ao representar os símbolos e significados da realidade cotidiana retratada pelas canções, gerando a intensidade da energia no fenômeno fé-obra, ou seja, o fenômeno místico fé-obra, que na relação entre homem e Deus nada mais é do que um elemento que encandece o amor.
A teoria realista
1) A linha do tempo, ou o fenômeno tempo e espaço de Kant é composto de imaterial (tempo) e material (espaço) que constitui a percepção global: O espaço e o tempo, com efeito, são as formas em cujo interior se ordena a multiplicidade fornecida pela sensação (KANT apud PASCAL, 2011, p. 52), que são complementadas nas afirmações da revolução copernicana de Kant, que substituiu a teoria do conhecimento de uma hipótese idealista à hipótese realista, pois, os fenômenos são oriundos do realismo, admitindo-se o perceptível (sensível) e o cognoscível (inteligível) (ibid., 2011).
Para nós aqui no texto percepção da realidade, esta teoria representa a integração do global em: material e imaterial cujo conhecimento sobre um fenômeno adquirido pela percepção global decorre não especificamente de um único objeto que informa a comunicação, mas de uma infinidade de símbolos e significados no índice de tradições do ser que é a sua cultura (IZQUIERDO, 2011), confirmando o pressuposto de que não há homem burro, mas com experiências ou oportunidades diferentes, pois, todo o seu conhecimento se dá pelos acervo da cultura sedimentada em si, que nem sempre é homogêneo porque resulta de suas experiências diversas individuais e coletivas, que lhes criam símbolos e significados.
Nesse pressuposto ao aplicarmos a teoria de Kant que busca estabelecer um critério lógico para os fenômenos das ciências humanas diante das exatas, afirmando que: a possibidade de um conhecimento a priori de tais objetos, pelo qual se estabeça alguma coisa a respeito deles antes mesmo que nos sejam dados (KANT apud PASCAL, 2011, p. 36), vemos que a consciência segue esse critério na lógica de que o conhecimento é a representação da experiência vivenciada, ou seja, cultura, que decorre da articulação sistêmica da memória em uma ação múltipla geradora de símbolos e significados no espaço/tempo que ocorre no fenômeno neurotransmissor/axônio explicado no item 3 abaixo.
Na mesma tese realista de Kant, ao diferenciar os conhecimentos racionais da matemática e física, a linguagem humana baseada no acervo cultural, o racional aqui na nossa colocação, representa os juízos analíticos afirmados por ele, que se diferenciam da linguagem binária (códigos) que não possui o acervo de sígnos e significados, que para ele na mesma diferenciação, representa os juízos sintéticos (KANT apud PASCAL, 2011), que naquela obra se colaca em oposição ao idealismo, que supõe indevidamente que o espírito, o abstrato, intervém na elaboração do conhecimento e com isso se dividindo no metafísico que intervém sobre o físico (ibid., 2011) que para nós equivale à teorização;
A teoria da relatividade de Einstein e Planck
2) A teoria realista de Kant estruturada na linha geométrica tempo/espaço que é material e imaterial, se assemelha ao fenômeno descoberto por A. Einstein quando este físico interpretou sobre o fenômeno de arrancar elétrons de uma placa, incindindo luz sobre ela que, para isso, demanda certa quantidade de energia, cujo nome dado para isso foi fotoelétrico (E-FÍSICA, 2007).
Nessa interpretação Einstein concluiu que isso só seria possível com a existência de partícula, que denominou quanta de luz, que hoje são chamadas de fótons, para nós representando a menor unidade da luz ou um fenômeno de luz, composto por partículas de luz (material) e ondas de luz (imaterial), que permite a mesma comparação com o quantum hoje chamado de quântica, de Max Planck (PLANCK apud McEVOY e ZARATE, 2012), que chama de quantum o fenômeno dentro do átomo, composto da menor unidade de medida no sistema métrico (material), representando a sua bilionésima parte, ao qual denominou nanômetro e a menor unidade de tempo (imaterial), representando a trilhionésima parte do segundo, chamada picosegundo, consumando a simétrica multiplicidade de Kant nos quantuns de luz e do átomo, que para nós aqui no texto, a percepção global do fenômeno luz que se constitui de material (luz) e material (partícula) e do átomo de nanômetro (material) e picossegundo (imaterial).
A Composição da consciência pelo fenômeno físico e metafísico
3) Este mesmo fenômeno de multiplicidade material/imaterial também se repete na comunicação humana, que decorre da consciência do homem, ao ser produzida a partir da reação química dos alimentos, portanto, partículas, que ao serem digeridas (neurotransmissores) se transformam em campos magnéticos (axônios) nos neurônicos, ou seja, ondas (IZQUIERDO, 2011), portanto, a comunicação também possui a mesma simetria com particulas (material) e ondas (imaterial), nos permitindo assim confirmar a afirmação de que o homem é luz, pois, se a luz é onda e partícula, a sua consciência também é onda e partícula a exemplo da luz.
Esse fenômeno também vem de encontro à semiótica de Peirce que Santaella (1998) ao considerar os sentidos humanos e a mente, chama de prova irrefutável, ao interpretar a teoria da percepção formulado por Gibson demonstrando que a percepção se articula entre os cinco sentidos (físico) e a mente (metafísico):
nossos órgãos sensoriais ou seja, nossos cinco sentidos, são meios através dos quais se estabelece a ponte entre o que está no mundo lá fora, ou, pelo menos, o que nos chega como estrangeiro, e o mundo que, na falta de um nome melhor, chamamos de mundo interior. Os órgãos sensoriais funcionam, consequentemente, como janelas abertas para o exterior. Nessa medida, esses órgãos são superfícies, passagens, capazes de explicar alguns dos fatores, os mais propriamente sensórios da percepção, mas não são capazes de explicar porque toda a percepção adiciona algo ao percebido, algo que não está la fora, no mundo fenomênico, e que não faz parte portanto, da estimulação. Nesse ponto é a mente que entra em cena, pois é dela a tarefa da síntese, vem dela a elaboração daquilo que chamamos de compreensão ou significado tanto do que está lá fora quanto da estimulação que é produzida como efeito (Ibid. p. 22).
Ao ligarmos essa interpretação de Santaella com o fenômeno digestivo/neurológico de Izquierdo temos a sensação de que se analizarmos Izquierdo isoladamente na ação dos neurotransmissores como processamento dos alimentos na função fisiológica, estaríamos caindo no velho vício da abstração, analisando apenas uma parte do fenômeno, o fisiológico, ao passo que se ligarmos com Santaella na ação de ver os neurotransmissores como janelas abertas para o exterior, podemos perceber que eles não só produzem, fisicamente, a ação fisiológica de processar os alimentos, mas, também carregam em si, no mesmo processo físico, a informação da sensibilidade dos cinco sentidos, que a priori, nos parece aqui, ser capaz de dar o estímulo que transforma o processo químico em campo elétrico, avançando o processo para os axônios que seguindo um rito, nesta fase funcionará como o start da memória, ou relê de ignição.
A sequência desse rito poderá ser compreendida ao voltarmos para o trabalho de Izquierdo, quando afirma que o processo da memória se classifica em memória de trabalho, memória de curta duração e memória de longa duração (IZQUIERDO, 2011).
Assim podemos esquematizar o processo com os seguintes ritos:
a) na parte física ou material, partimos dos neurotransmissores que processam os alimentos;
b) a partir dos sentidos nervosos (os cincos) produzem o estímulo para a ação dos axônios criando o campo magnético ou elétrico.
c) iniciando o processo imaterial, os axônios agem, emitindo sinais eletromagnéticos (informação) para axônios de outros neurônios no cérebro, startando a memória de trabalho: nesse ponto é a mente que entra em cena (SANTAELLA, 1998,p. 22), que vai funcionar como um buscador, nos índices de exeperiências vivenciadas que estão gravados no acervo da memória de curta e de longa duração (IZQUIERDO, 2011).
d) Ao definir o significado pela memória de trabalho, a memória segue em um processo sistêmico de auto-realimentação chamado de autopoiese (MATURANA & VARELA, 2011), revitalizando os símbolos e significados, reciclando-os ou criando novos: a correspondência entre o resultado perceptivo e aquilo que o provoca não é, portanto, uma correspondência ponto a ponto (SANTAELLA, 1998, p. 22) concluindo o processo que chamamos de consciência.
A Relação de amizade Deus-homem no universo físico-metafísico
4) Essa multiplicidade trazida por Kant nas ciências humanas e sociais e por Einstein e Planck nas ciências física e matemática, também pode ser identificada na ciência teológica, em que a fenomenologia semiótica do texto, na comunicação entre Deus e o homem, segue a linha de que Deus está na realidade do mundo: Estas vias para chegar a Deus tem como ponto de partida a criação: o mundo material e a pessoa humana (CAT, 31, p.23), isto é, não se refere a um deus metafísico ou divindade celeste, como fração da divisão entre mundo material (físico) e mundo espiritual (metafísico), como esperava que fosse o general Naamã, o leproso, quando ficou irritado ao saber que sua doença seria curada apenas pelo ato de se lavar sete vezes no Jordão, que para nós, se configura no fenômeno múltiplo da teoria realista de Kant composto na obra - ato de lavar (material) e fé (imaterial), pois a irritação de Naamã se deu porque ele esperava que Elizeu, o profeta, como um condutor de uma mágica energia celeste, invocasse o nome de um deus mitológico e com esse poder lhe tocasse com as mãos sobre a lepra para curá-la, tendo sido convencido por seus subordinados a atender o pedido de Elizeu e foi curado (Cf. 2Rs 5,11.13-14).
Em coerência com a teoria realista do conhecimento, Deus se apresenta como um Deus uno: a luz veio ao mundo (Jo 3,19), pois, se Deus se declara perfeito: Portanto deveis ser perfeito como vosso Pai celeste é perfeito (Mt 5,48), caso ele interviesse na ação fenomenológica estaria infringindo as leis que regem o universo: pois assim nos convém cumprir toda a justiça (Mt, 3,15b), ou seja, seria um deus que não respeita as leis da criação no universo, portanto seria um deus imperfeito.
Confirmando isso, no seu ministério público, o homem Jesus, ao apresentar o projeto de Deus, escolheu falar dele como fenômenos do mundo: É por isso que lhes falo em parábolas: porque vêem sem ver e ouvem sem ouvir nem entender (Mt 13,13), e quando houve milagres, ao invés de atribuir para si, Ele enfatiza a realidade presente, negando a intervenção celestial ao afirmar: a tua fé te salvou (Mc 5,34; Lc 17,19; Lc L5,34; Lc 8,48), sendo a fé (imaterial) diante da ação (material) do agraciado, que culminou no milagre: Assim também a fé, se não tiver obras, está completamente morta (Tg 2,17), também confirmado no milagre de Naamã, que após se lavar (material) sete vezes no rio Jordão se curou (imaterial) da lepra (Cf. 2Rs 5,14), sendo que essa percepção múltipla nos leva ainda a perceber o mesmo ponto simétrico da linha geométrica de Kant e Einstein na própria justiça humana, cujo o sistema jurídico está estruturado com o direito objetivo que é o racional (metafísico), e o direito subjetivo que é o processual ou de ação (físico).
Por sua vez, o milagre produzido apresenta coerência com a teoria realista de Kant estendendo ao mesmo tempo um paralelismo em relação a massa e a energia descoberta por Albert Einstein e Planck, nesse caso, o fenômeno fé/obra, ou o batismo de fogo (Cf. Mt 3,11e) que faz o amor arder sem queimar: a sarça ardia no fogo, mas não se consumia (Ex 3,2d), que produz um resultado equivalente a energia causado pela encandecência, aquecendo o coração: o criptar da chama (IRALA & AGNUS DEI, 1999); Não estava o nosso coração ardendo quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras? (Lc 24,32b), sendo capaz de produzir até mesmo a incandescência (aura), que na teologia é tratada como transcendência da purificação.
O resultado desse fenômeno milagre, se originou da obra (material) por quem se deixa e se permite ser amado, movido pela fé em um sentimento (imaterial) puro e verdadeiro que chamamos Amor: Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Isto vos mando: amai-vos uns aos outros (Jo,15,12.17), cuja intensidade, o power of love : make a bad one good make a wrong one right - transforma o mal em bem corrigindo o (nosso) erro (pecado) [tradução nossa] (LEWIS & THE NEWS, 1985) é a força do amor que: tocando o pé no chão alcança as estrelas, e tem o poder de mover as montanhas (ROUPA NOVA, 1987).
Esse fenômeno se inicia com a permissão do homem em se deixar ser amado: aquele que crê não será condenado (Cf. Jo 3,18), absorvendo o amor, pois, para amar é preciso ter sido amado uma vez que ninguém pode dar o que não tem, como num exemplo ilustrativo entre o homem e a máquina, em que o motor precisa da ignição para gerar a força, assim, o homem ao absorvê-lo, gera a força de amar e se deixar ser amado que na teologia é representado pela aliança: farei convosco uma aliança eterna (Is, 55,3c), que simbolizamos na mesma aliança selada pelo o amor das bodas entre um homem e uma mulher: às núpcias do Cordeiro em brancas vestes vamos (Liturgia das Horas, I vespera, 2º Domingo da Páscoa), capaz de superar até a própria morte: pois o amor é forte, é como a morte (Ct 8,6); Acima de tudo, cultivai, com todo o ardor, o amor mútuo, porque o amor cobre uma multidão de pecados (1Pd 4,8).
No entanto, ao contrário, quando o homem não se permite ser amado, sem a fé, não consegue produzir essa energia: já está condenado (Jo, 3,18b), gerando um fenômeno reverso ao milagre, constituído da recursa do amor (imaterial), e na obra com o desamor (material) cujo resultado é a morte: com certeza morrerá (Gn 2,17c).
Assim, o milagre não restringe apenas ao metafísico, pois, se a fé do homem se restringir apenas a um deus espiritual (metafísico), vivida somente nos rituais sacramentalísticos, sem a obra que produz a realidade pelos fenômenos deste universo, ou o anel da energia, que nos leva a lembrar da circunferência da luz das estrelas, esse crente morrerá da mesma forma que aquele que não crê: E aqueles dezoito que morreram, quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. (Lc 13, 4-5).
Pois, esse Amor que é perceptivel pela sujeição aos fenômenos deste mundo, é o próprio Deus: porque Deus é Amor (1Jo 4,8b); que no amor materializado de nossos pais por nós, e nosso por nossos filhos, por nossos amigos e deles por nós, de nossos irmãos e deles por nós, se deixa encontrar (Is 55,6b), cuja candura aqui neste texto nos o representamos pela música, que na ciência teológica é referida como os Salmos, pois cantam a representação fenomenológica da obra pela fé, ou a história das experiências da fé.
Assim, atraídos pela inacreditável beleza (na teologia, santidade) que não nos permite compreendê-lo (FOREIGNER, 1984), somos confortados a nos manter firmes (R.E.M., 2000) porque, na incerteza da caminhada (VOYANT & COVERDALE, 2000), you light my fire: you opened up my door in every single way - Você é a luz do meu fogo - que abre as portas para todas as certezas (SHEILA & B. DEVOTION, 1978 - tradução nossa), que nos lembra do teu amor por nós quando nos sentimos desamados e por isso, sozinhos (SIMON & GARFUNKELL, 1970).
Na caminhada do amor que se volta para o Amor em uma perfeita harmonia de comunicação recíproca como um anel reluzente do fogo que arde mas não queima, que na teologia e chamada de comunhão, configura o aspecto mais sublime da dignidade humana (CAT, 27, p. 21), pois, se o homem existe, precisa do amor como um alimento para viver: para o que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna (Jo 3,16b), não sendo possível imaginar a vida humana sem ele.
Para entendermos a aliança de amizade entre Deus e o homem, separamos essa relação formada por três fenômenos: a) o da criação do ser irracional, b) O ser que se torna homem pelo dom da humanidade e c) a amizade entre Deus e o homem selada por uma aliança.
Primeiro ocorre a geração da criatura, ser irracional, vinda do solo que forma a palavra adam (Bíblia de Jerusalém, nota f de Gn 2,7, p. 35) criada pelo fenômeno resultante da Energia do Amor: Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente (Gn 2,7), assumindo o papel de Deus-Mãe, que pari e alimenta o seu próprio filho, cheio de afeto e carinho, que ainda não possui nele a humanidade.
Adam ou Adão, ainda é um ser vivente da espécie animal igual a todos os outros demais seres da mesma espécie, no entanto, tem em seu DNA (ácido desoxirribonucléico) o afeto herdado do Deus-Mãe, que para se manter como célula viva, precisa de outras células, com isso, o leva a vida em grupos, formando a palavra adamah (Bíblia de Jerusalém, nota f de Gn 2,7, p. 35), nome coletivo para vindos do solo, que deriva a palavra adam.
No segundo momento, a terra tem adamah, que são os diversos grupos constituídos de população formada por seres vindo do solo, ou adams, isto é, não formavam uma única população, mas diversos grupos espalhados pela terra, que se tornavam entre si estrangeiros, representado pela palavra Agar.
E a população de estrangeiros sobre a terra, os Agar, dotada de afeto, produzem a energia da inocência que afeta o Deus-Mãe: Deus ouviu os gritos da criança (Gn 21,17), que cheio de comoção causada pelo elo da semelhança que liga a Mãe e filho no mesmo DNA do afeto, o puxa ou, o traz para si, tornando-o a "única criatura sobre a terra a ser querida por Deus por si mesma" (G.S., 24,3), e lhe dando a partir daí a percepção capaz de reconhecê-lo como seu Criador: Deus abriu os olhos de Agar (Gn 21,19), ou seja, adquirindo a partir daí a humanidade.
Esta característica insculpiu nos adamah agora com a humanidade portanto, formado por homens, o desejo de voltar a Deus: Deus não cessa de atrair o homem a si (CAT, 27, p. 21), com isso, os adamah com a humanidade e inocência, passaram a viver buscando o mesmo Deus nas mais diversas formas de expressão, com cultos e sacrifícios, sendo que para os cultos se formavam as igrejas que são representadas pela imagem da mulher pois, gera em seu seio uma relação mãe-filho: como mãe solícita, ela nos prodigaliza também em sua Liturgia, dia após dia, o alimento da Palavra e da Eucaristia do Senhor (CAT, 2040, p. 536), fazendo Deus se comover novamente pelo afeto.
Na caminhada das diversas igrejas dos adamah, a chama do amor delas se apagava pois, iludidas: a serpente me seduziu e eu comi (Gn 3,13b), acreditavam que o amor de Deus por elas estava nas coisas que lhes eram perceptíveis, ou imagens, e, não na relação que unia o Deus-Mãe e o filho, cultuavam assim, as coisas recebidas cuja palavra para este culto é a idolatria, agiam seduzidos pelas paixão sobre as coisas, como o filho que cobiçando a herança, esquece do amor do pai que a construiu: criei filhos e os fiz crescer, mas eles se rebelaram contra mim (Is 1,2b).
A chama do amor arrefecia-se e perdia-se a comunicação com Deus no elo de amor, pois preferiam confiar no parecer do mundo: elegendo a árvore do conhecimento (Gn 2,9c) confundindo a humanidade dada por Deus, com a esperteza, adotando assim algo como a lei das selvas, no sentido de dominar pela inteligência ou força bruta, transformando a relação da humanidade que se harmoniza com a natureza, em artificialismo violento, que vai contra a humanidade porque a inocência é aniquilada pela malícia: pois a malícia os torna cegos, não conhecem os segredos de Deus, não esperam recompensa para a santidade e não dão valor ao prêmio reservado às vidas puras (Sb,2,21c-22), e diante da ignorância e enganos: tais são os pensamentos dos ímpios, mas enganam-se (Sb, 2,21), a verdade se torna refém da injustiça: fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana. Foi definido como 'uma palavra, um ato ou um desejo contrários à lei eterna' (CAT, 1849, p. 495) pois, apresenta o mesmo comportamento predatório do réptil: A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos (Gn 3,1).
Por sua vez, a humanidade que é uma característica que torna o homem quase um deus: e o fizeste pouco menos do que um deus, coroando-o de glória e beleza (Sl 8,6) se dá pela graça do sustento no Espírito gerado pela comunicação de amor entre o Deus-Mãe e a Igreja-Mãe (a mulher), não pela criatividade e habilidades intelectuais ou, pela força humana ou ainda, da idolatria aos bens para que esses lhe sejam abundadantes: Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é o dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se encha de orgulho (Ef. 2, 8-9).
Mas ao lado disso, a igreja de um adamah, buscava Deus produzindo uma energia com intensidade de afeto por conter submissão de lealdade ao Amor de Deus, não vindo da ciência com interesse próprio, mas da fé neste Deus: foi pela fé que Abrahão, respondendo ao chamado obedeceu (Rm 11,5d), retroagindo a Deus como um vínculo, gerando uma relação de amizade entre Deus e o homem, selado a partir daí pela aliança de fidelidade recíproca que é representada pela palavra Amém (CAT, 1062, p.298).
O adamah amigo de Deus, era estrangeiro para os outros adamah, da mesma forma que estes eram estrangeiro para si, no entanto, a fidelidade selada na amizade com o adamah amigo de Deus não o fez perder seu afeto aos demais, mas sim, fez o seu amigo adamah se tornar uma fonte dessa energia: amareis o estrangeiro, porque fostes estrangeiros (Dt 10,19), como uma chama ou faísca, capaz de espalhar a energia dessa aliança a todos os outros adamah: eis que uma fogueira fumegante e uma tocha de fogo passaram entre os animais divididos (Gn, 15,17b), para formar um único anel, como na circunferência do sol, radiante de luz: Ergue os olhos para o céu e conta as estrelas, se as pode contar (Gn 15,5), e o amigo adamah se tornou conhecido por isso, como o pai de muitos povos e é identificado pelo nome Abrahão, da variante hebraica avraham, cuja herança está na fidelidade recíproca de seus descendentes: Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38), que encandece eternamente a aliança de Abrahão: Ele o viu e encheu-se de alegria (Jo, 8,56), por isso, mantém a amizade entre o homem e Deus: Eu instituo minha aliança entre mim e ti, e te multiplicarei extremamente (Gn 17,2) que havia sido prometida a Noé: mas, estabelecerei minha aliança contigo ( Gn 6,18) e ao ser instituída com Abrahão, Deus lhe propõe que ela seja eterna, agora encandecida não mais segundo a regra de prescrição carnal, mas de acordo com o poder de vida imperecível (Hb 7,16), selada por um sacerdote eterno: segundo a ordem de Melquisedec (Hb 7, 17b) trazendo a alegria para Abrahão: Abrahão, vosso pai, exultou por ver o meu Dia (Jo, 8,56), e entregou o dízimo da melhor parte dos despojos (Hb 6,4c) que recebido pelo sacerdote, abençoou o portador das promessas (Hb 7,6c), como um grande Amém!
E nesta amizade que tem como ponto inicial o ser querido por Deus por si mesmo (G.S., 24,3), o Deus-Mãe se fez para ele, o próprio alimento: nele estabeleceremos nossa morada (Jo 14,23e), porque por amor, não cessa de dar-lhe o ser (GS 19,1), e o homem mantém a energia da vida em si: terá a vida eterna (Jo 3,15b), ao livremente se deixar ser amado pelo Amor: e meu Pai o amará e a ele viremos (Jo 14,23,d), que ao dele se alimentar na Mãe-Igreja, que por sua vez, tem por mãe a mulher fiel, Maria, a serva do Senhor, pois, com seu sim à fé no Senhor, nesta terra, materializou e continua a materializar Deus, isto é, tornou perceptivel aos nossos olhos, o amor de Deus por nós cuja a Verdade não nos mostrou nenhum outro igual como o do Cordeiro, o servo fiel, que mantém nossa comunicação com Deus na aliança da amizade que volta ao seu Criador (Cf. GS 19,1; CAT 27, p. 21), no amor que volta para o Amor em uma chama que jamais se apagará, por isso, o desejo de Deus está inscrito no coração do homem (CAT, 27, p. 21).
O texto percepção da realidade, ao trabalhar a integridade do físico e metafísico, o equiparamos a um texto 3D por nos gerar a percepção de largura, altura e profundidade capaz de criar percepção mais límpida da expressão e compreensão e diferenciando dos textos divididos em ciência humana e ciência exata, que nos induzem à abstração por separar o físico do metafísico, e com isso, não permite a reprodução de um fenômeno nos apresentando apenas parte dele, como por exemplo se ao comunicarmos com alguém, ao olhar nos seus olhos que é periférico da mente (metafísica) não pudessemos ver abaixo do pescoço ou, se olhassemos para o corpo (físico) não pudessemos ver a cabeça.
Portanto, os textos especialistas ou que se vêem dissociados do global, produzidos com base na teorização, a nós se mostram limitados porque ao separar o físico e o metafisico, se apresentam incompletos e não desenvolvem a percepção de fenômeno na simetria tempo/espaço, abstraindo-se em algo dissociado dos fatos como pensavam as teorias de Galileu e Newton, ao passo que na contra-teorização, seguindo os princípios de Kant, Einstein, Izquierdo e Ciência Teológica, o fenômeno tempo/espaço tem sua realidade produzindo a percepção, consistindo-se de um fenômeno geométrico, que por pertencer a dimensão deste universo, é estruturada por energia e massa. E/m, que o leitor pode perceber ao traçar uma linha do tempo em que há o tempo e os fenômenos que nele ocorreram.
Bíblia de Jerusalém, Paulus, São Paulo, 2002.
CAT - Catecismo da Igreja Católica. Vozes-Loyola, São Paulo, 1998.
DICIONÁRIO DE EXPRESSÕES. Lei das selvas. Disponível em <http://www.dicionariodeexpressoes.com.br/busca.do?expressao=Lei%20da%20selva>. Acesso em 08 fev. 2016.
E-FÍSICA, Ensino de física on-line. A evolução do conceito de fóton. USP - centro de ensino e pesquisa aplicada, 2007. Disponível em <http://efisica.if.usp.br/otica/basico/fotons/historia/>. Acesso em 29 fev 2016.
FOREIGNER. I want to know what love is. Agente provocateur (1994). Disponível em <https://youtu.be/raNGeq3_DtM>. Acesso em 28 fev.2016.
Portanto, os textos especialistas ou que se vêem dissociados do global, produzidos com base na teorização, a nós se mostram limitados porque ao separar o físico e o metafisico, se apresentam incompletos e não desenvolvem a percepção de fenômeno na simetria tempo/espaço, abstraindo-se em algo dissociado dos fatos como pensavam as teorias de Galileu e Newton, ao passo que na contra-teorização, seguindo os princípios de Kant, Einstein, Izquierdo e Ciência Teológica, o fenômeno tempo/espaço tem sua realidade produzindo a percepção, consistindo-se de um fenômeno geométrico, que por pertencer a dimensão deste universo, é estruturada por energia e massa. E/m, que o leitor pode perceber ao traçar uma linha do tempo em que há o tempo e os fenômenos que nele ocorreram.
Bíblia de Jerusalém, Paulus, São Paulo, 2002.
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1Cor = Primeira Carta aos Coríntios.
1Jo = Primeira Carta de São João.
1Pd = Primeira Carta de São Pedro.
2Rs = Segundo Livro dos Reis.
Ct = Livro dos Cânticos.
Ex = Livro do Êxodo.
Hb = Epístola de São Paulo aos Hebreus.
Gn = Livro do Gênesis.
Is = Livro do Profeta Isaías.
Jo = Evangelho de São João.
Jó = Livro de Jó.
Lc = Evangelho de São Lucas.
Mc = Evangelho de São Marcos.
Mt = Evangelho de São Mateus.
Sb = Livro da Sabedoria.
Tg = Epístola de São Tiago.
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Siglas:
Ap = Livro do Apocalipse1Cor = Primeira Carta aos Coríntios.
1Jo = Primeira Carta de São João.
1Pd = Primeira Carta de São Pedro.
2Rs = Segundo Livro dos Reis.
Ct = Livro dos Cânticos.
Ex = Livro do Êxodo.
Hb = Epístola de São Paulo aos Hebreus.
Gn = Livro do Gênesis.
Is = Livro do Profeta Isaías.
Jo = Evangelho de São João.
Jó = Livro de Jó.
Lc = Evangelho de São Lucas.
Mc = Evangelho de São Marcos.
Mt = Evangelho de São Mateus.
Sb = Livro da Sabedoria.
Tg = Epístola de São Tiago.
Parabéns pela respeitável e necessária reflexão sobre a comunicação que nos leva à reflexão sobre o comprometimento de nossa capacidade de emoção
ResponderExcluirParabéns Laurentino.
ResponderExcluirVocê me fez ter uma visão mais ampla do assunto!