baixar em pdf 1. Começando o dia 1.1 Oração inicial A ti, Senhor, elevo a minha alma, meu Deus, em ti me refugio: que eu não fique decepcionado! Não triunfem sobre mim meus inimigos! Não fiquem desiludidos os que em ti esperam; fique confuso quem é infiel por um nada. Mostra-me, Senhor, os teus caminhos,  ensina-me tuas veredas. Faz-me caminhar na tua verdade e instrui-me, porque és o Deus que me salva, e em ti sempre esperei. Lembra-te, Senhor, do teu amor, e da tua fidelidade desde sempre (Sl 25, 1-6). 1.2 Hino de Louvor (opcional) 1.3 Súplica por Israel  Senhor, nos deparamos com o Mundo carente de paz, a Paz do Senhor que muito falta a nós, pois estamos atribulados diante de tantas empresas fechando as portas, diante de tantos desempregados, diante de tantos doentes que estão morrendo, e não há quem os ajude, pois, se há algum recurso, ainda que do próprio povo, a eles chegam precariamente e sem paz.  E, nestes tempos presentes, cotidiano de penúrias, como aconteceu com o povo cond...
Laurentino Lúcio Filho1
  Na praxis cristã, a Igreja em sua caminhada litúrgica se depara nos dias de hoje com os novos recursos para a divulgação da Palavra. Aqui em especial o destaque é para o recurso mediático do computador que acoplado ao um projetor,  divulga mensagens aos fiéis nas celebrações litúrgicas.
  Sobre esta nova tecnologia vale a inspiração da Instrução Pastoral Communio Et Progressio de 1971, § 126:
  “Cristo  mandou aos Apóstolos e seus sucessores que ensinassem 'todas as  nações', que fossem 'a luz do mundo', que proclamassem o Evangelho  em todo o tempo e lugar. Do mesmo modo que Cristo se comportou,  durante a sua vida terrestre, como o modelo perfeito do  'Comunicador', e os Apóstolos usaram os meios de comunicação  então ao seu alcance, também o nosso trabalho apostólico atual  deve usar as mais recentes descobertas da técnica. De fato, seria  impossível, hoje em dia, cumprir o mandato de Cristo, sem utilizar  as vantagens oferecidas por estes que permitem levar a mensagem a um  número muito superior de homens. Aliás, o Concílio Vaticano II  exorta os católicos a que, 'sem demoras, usem os meios de  comunicação social, nas diversas formas de apostolado'"2.
  O Documento Assunto da Liturgia da 48ª Assembleia Geral da CNBB em  Brasília, 4 a 13 de maio de 2010, focando o rito celebrativo, em que a atenção se volta para o altar, afirma que o projetor interfere na ação ritual:
“O  uso do projetor multimídia na liturgia, como estamos vendo, além  de interferir na ação ritual, entra em competição com a  liturgia, gerando distração.
  Pede-se a devida licença para se discordar deste entendimento, pois se pautarmos para a reflexão na forma apontada pelo citado documento, vamos ver  uma celebração que prioriza o domínio do rito pelos participantes, mas isto não é a realidade, celebrar considerando o domínio do rito pelo leigo, vai se executar uma celebração monóloga, fria, pois não poderá contar com a participação digna dele. O leigo não domina o sentido do rito, daí que nos procedimentos litúrgicos ele precisa ser orientado em determinados momentos.  Não é descumprir os ritos, mas sim, orientar à execução dos ritos para se conseguir que a celebração brilhe pela beleza, e se compreenda a significação verdadeira e plena de suas diversas partes, facilitando a participação de todos. É isto que diz a Instrução Geral Do Missal Romano :
“Os  gestos e atitudes corporais, tanto do sacerdote, do diácono e dos  ministros, como do povo, visam conseguir que toda a celebração  brilhe pela beleza e nobre simplicidade, que se compreenda a  significação verdadeira e plena das suas diversas partes e que se  facilite a participação de todos” (IGMR, § 42).
Segurança aos fiéis
 O uso deste Media, na verdade, complementa a liturgia pois dá segurança aos fiéis que saberão executar corretamente as ações propostas para o rito celebrativo.  Por sua vez, a oração projetada não distrai o participante, ao contrário intensifica a sua mensagem. Para a letra dos cantos, a mesma coisa, a sua leitura permite a profundidade dos sentidos.
Inclusão dos Fíeis
 O Projetor também permite a inclusão dos fiéis, permitindo a participação daqueles que têm limitações visuais ou auditivas.
Estudos Seculares sobre as Vantagens dos Recursos Visuais
  “Um estudo realizado pelo Wharton Center for Applied Research revela que “as pessoas ficam mais propensas a dizer ‘sim’ e seguir suas recomendações quando você usa recursos visuais. Você será considerado mais profissional, mais convincente, mais confiável, mais interessante e mais bem preparado.
 A probabilidade de a plateia chegar a um consenso é de 79 por cento contra 58 por cento sem recursos visuais”. A evidência leva à conclusão esmagadora de que uma imagem vale mil palavras. Os recursos visuais tornam a informação mais fácil de entender. Eles aumentam o interesse, melhoram a capacidade de retenção e permitem que você esclareça ou reforce pontos-chave. O McGraw-Hill Laboratory of Advertising Performance afirma que, quando os anunciantes usam ilustrações, sua capacidade de estimular os leitores a entrarem em ação aumenta em 26 por cento”3.
  Portanto, imputar ao projetor a culpa pela distração na missa, trata-se de um juízo superficial que não leva em consideração a experiência real vivida pelos fiéis na celebração com uso do projetor. Não haveria mais distração na celebração pelo marasmo causado pela falta de significado dos procedimentos, onde os fiéis permaneceriam passivos apenas observando as ações do sacerdote sem saber qual a sua real participação?
  Rejeitar as ferramentas digitais é ir contra a atualidade, nisto se confirma na Mensagem do Papa Bento XVI para O 44º Dia Mundial  Das Comunicações Sociais - O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media ao serviço da Palavra,  de 16 de Maio de 2010, diz:
De  fato, pondo à nossa disposição meios que permitem uma capacidade  de expressão praticamente ilimitada, o mundo digital abre  perspectivas e concretizações notáveis ao incitamento paulino:  «Ai de mim se não anunciar o Evangelho!» (1 Cor 9,16) .
Por  conseguinte, com a sua difusão, não só aumenta a responsabilidade  do anúncio, mas esta torna-se também mais premente reclamando um  compromisso mais motivado e eficaz. A este respeito, o sacerdote  acaba por encontrar-se como que no limiar de uma «história nova»,  porque quanto mais intensas forem as relações criadas pelas  modernas tecnologias e mais ampliadas forem as fronteiras pelo mundo  digital, tanto mais será chamado o sacerdote a ocupar-se disso  pastoralmente, multiplicando o seu empenho em colocar os media ao  serviço da Palavra.   
(...)
Através  dos meios modernos de comunicação, o sacerdote poderá dar a  conhecer a vida da Igreja e ajudar os homens de hoje a descobrirem o  rosto de Cristo, conjugando o uso oportuno e competente de tais  meios – adquirido já no período de formação – com uma sólida  preparação teológica e uma espiritualidade sacerdotal forte,  alimentada pelo diálogo contínuo com o Senhor. No impacto com o  mundo digital, mais do que a mão do operador dos media, o  presbítero deve fazer transparecer o seu coração de consagrado,  para dar uma alma não só ao seu serviço pastoral, mas também ao  fluxo comunicativo ininterrupto da «rede»
O uso do Data Show nas Celebrações
  Que o projetor é uma ferramenta excelente para ajudar a celebração não há dúvida, no entanto, há de se considerar a forma do seu uso.
  O primeira contextualização que deverá ser considerada para a utilização deste recurso é o propósito do encontro com Deus com a participação dos irmãos. Com isto em mente, considerando a tradição das celebrações litúrgicas, bem como a experiência com recursos similares, especificamente o retroprojetor, é possível concluir a princípio, que o uso desta ferramente deve ser no aspecto orientador.
  O que é entendido aqui por orientador, é o uso do projetor como um guia que permite a interatividade dos fiéis com o sacerdote e equipe litúrgica, isto é, ele utilizado como uma extensão dos recursos humanos, como é o microfone para a voz.
  Assim, ele é utilizado somente nos momentos em que se faz necessário orientar os fiéis como na resposta desconhecida de uma oração ou salmo, e na letra de um canto.
  Como regra básica deste recurso, o excesso de projeção desvirtua a sua função orientadora para uma função condutora, ou seja, os fiéis deixam de ser orientados numa participação interativa e passam a ser conduzidos para reproduzir a projeção, tornando-se passivos e sem espontaneidade ou conscientes.
  Lembremos que a projeção excessiva, com toda a missa lembra a presença da assembleia diante de uma TV, o que não é o propósito celebrativo, como diz o Documento da CNBB Animações Litúrgicas no Brasil:  
“O  primeiro elemento litúrgico são as  pessoas. A  presença de homens e mulheres no recinto em que se encontram,  felizes por se reconhecerem como convocados por Deus, faz de nossas  assembleias reuniões diferentes das que concentram pessoas em  teatros ou estádios, em reuniões sindicais, ou encontros  partidários, como também diante da TV. Elas se reúnem na fé,  em nome de Cristo, conduzidas pela ação misteriosa do  Espírito que as transforma em sinais do Reino do Pai. Daí emerge o  sentido da assembléia litúrgica. (Animações Litúrgicas no  Brasil, § 76).
  Por isto vale o conselho dos profissionais:
-   Inclua somente informações relevantes nos slides. Utilize o menor  número possível de palavras.   
-  Não distraia o público com muitos recursos visuais (efeitos,  animações desnecessárias).   
-  Evite excesso de tipologias, corpos e intensidades diferentes. 4
Conclusão:
  Conclui-se que o uso do projetor nas celebrações é indispensável, para uma ação orientadora e não coordenadora ou condutora. A potencialidade de recursos que esta ferramente traz pode melhorar em muito a dinâmica e interatividade nas celebrações mas  sem jamais tirar de foco a consciência, dignidade e autonomia dos fiéis.  
1O  Autor é Especialista em Design Instrucional para Ambiente EaD na  Faculdade Dehoniana, Professor do Instituto Taubaté de Ensino  Superior, Graduado em Direito com Especialização em Direito  Empresarial.
2Instrução  Pastoral  Communio Et Progressio -  Sobre Os Meios De Comunicação Social  Publicada por Mandato do Concilio Ecuménico II do Vaticano   
3Mocsanyi,  Dino - Apresentações  Convincentes 5 - Recursos visuais – disponível em  <http://www.consultores.com.br/artigos.asp?cod_artigo=32>,  acessado em 11/07/2011.
4Como  Projetar Apresentações – Universidade Federal de Minas Gerais –  Disponível em  <http://www2.dcc.ufmg.br/disciplinas/ii/ii05-1/powerpoint-guiadecomofazerapresentacoes.ppt>  acessado em 11/07/2011
Referências:
Assunto da Liturgia da 48ª Assembleia Geral da CNBB em  Brasília, 4 a 13 de maio de 2010 disponível em <http://www.cnbb.org.br/site/component/docman/doc_download/998-comunicacao-assuntos-de-liturgia>, acessado em 10/07/2011.
Documento CNBB – Animações Litúrgicas no Brasil
Instrução Geral Do Missal Romano , p. 10, Roma 2002.
Instrução Pastoral Communio Et Progressio disponível em <http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/pccs/documents/rc_pc_pccs_doc_23051971_communio_po.html>, acessado em 10/07/2011
Mensagem do Papa Bento XVI para O 44º Dia Mundial  Das Comunicações Sociais - O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media ao serviço da Palavra disponível em <http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/communications/documents/hf_ben-xvi_mes_20100124_44th-world-communications-day_po.html>, acessado em 10/07/2011.
A missa não é um culto à beleza ou fonte de felicidade e prosperidade. Isto são os cultos evangélicos. Nos países onde o catolicismo é proibido, celebram-se missas em tocas subterrâneas, onde o mais importante é uma pedra qualquer para fazer-se de Altar. A força da Igreja está aí.
ResponderExcluirA felicidade do cristão está na esperança da vida eterna, e não nesta vida. Cristo morreu numa Cruz, e a cada 5 minutos 1 cristão é martirizado e morto no mundo, por causa da sua fé.
Missa é outra coisa. É a presença de Cristo no meio de nós. Não precisamos adornar a Liturgia para que as pessoas "sintam". Não é preciso "sentir" nada, o movimento acontece de cima para baixo, e não de baixo para cima. Não somos nós que "subimos", mas Deus que "desce" até nós, independente de sentirmos ou não. Deus não é emoção, é realidade, é pés no chão.
Esta noção de Sagrado está se perdendo nas missas atuais. Com todos os aparatos que nós, da liturgia, colocamos nas missas, as pessoas já nem sabem mais o que significa a Eucaristia e o que é ser católico. Tanto é que tem católico comunista, católicos abortistas, etc e tal, denotando o paradoxo da nossa doutrina com o ateísmo militante.
Precisamos voltar às raízes e resgatar a nossa fé. Em que cremos? Conhecemos o Catecismo da nossa Igreja? Aceitamos as suas orientações?
POR ISSO QUE O MUNDO TÁ CHEIO DE GENTE PODEROSA QUE ACHA QUE PODE RESPONDER DESA MANEIRA...NÃO É PERMITIDO E PRONTO...NOSSA ÉPOCA É DE DIALOGO...OH CARA... NÃO ESTAMOS EM ÉPOCA DE DITADURA DA IGREJA...ESTAMOS EM ÉPOCA DE DIALOGO...NÃO COM VC OH CARA....IDI
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ResponderExcluirLaurentino, a Paz de Jesus!
Não é questão de pedir licença. Não é permitido e pronto. Ainda que discordemos dessa orientação, temos que obedecer. Já participei de algumas missas em que o datashow foi usado, e digo: quando não apresenta um problema técnico, o que por si só já invalida o uso, o pessoal coloca slides que absolutamente não tem nada a ver com a Liturgia. Mas o principal é que o povo desvia a atenção do que realmente é o mesmo e único Sacrifício. A colocação da Raquel perfeita.
Mário
POR ISSO QUE O MUNDO TÁ CHEIO DE GENTE PODEROSA QUE ACHA QUE PODE RESPONDER DESA MANEIRA...NÃO É PERMITIDO E PRONTO...NOSSA ÉPOCA É DE DIALOGO...OH CARA... NÃO ESTAMOS EM ÉPOCA DE DITADURA DA IGREJA...ESTAMOS EM ÉPOCA DE DIALOGO...NÃO COM VC OH CARA....IDI
ExcluirUma boa dica é usar o site https://www.cantusdeo.com para gerar facilmete os slides
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