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A força de tuas mãos: 11º Domingo do Tempo Comum


Quem caminha pelo mundo da fé não se vê: “portanto, se ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, sereis para mim a porção escolhida dentre todos os povos” (Ex 19,5). Ninguém neste mundo viu Deus, e dizem as escrituras que quem olhar para Deus não consegue permanecer vivo, assim, o homem que tem Deus no coração não olha para Deus, mas caminha com Deus: “sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho” (Sl 99,3), não permanece atento a olhar ao seu redor, pois, quem olha para traz não é digno de estar ao seu lado, mas, se preocupa com a sua caminhada, pois, quem espera ter os olhos vivos em Deus por caminhar com Ele, ilude-se e frusta-se na sua caminhada, porque não verá o que espera, uma vez que Deus está nele mesmo, e, se não consegue ver Deus em seu interior, não conseguirá ver Deus exteriormente: “porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9,36b).
Assim, a alegria daquele que escolheu caminhar com Deus está nas obras de Deus: “pois bem, a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores” (Rm 5,8), ao ver Deus na glória de suas mãos humanas, contemplar as ações de Deus sobre a sua própria caminhada de discípulo, e, ver a grandeza de suas obras, e a força de suas mãos que produziram o bem e a vida: “a Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Mt 9,37).
E a grandeza de suas obras e a força de suas mãos não se apresentam para nós no momento em que estão acontecendo, mas, no futuro, pois Deus se mostra para nós somente pelas costas, depois que já passou, assim, nossa percepção de Deus é só para depois dos acontecimentos: “Vistes o que fiz aos egípcios, e como vos levei sobre asas de águia e vos trouxe a mim” Ex 19,4), porque não podemos ver Deus e continuar vivendo, assim, é pela beleza de suas realizações do passado que podemos medir a grandeza de sua presença no agora: “Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente” (Sl 99,5), alimentando nossa fé: “Nós nos gloriamos em Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo. É por ele que, já desde o tempo presente, recebemos a reconciliação” (Rm 5,11).
Caminhar com Deus na fé, é permanecer na certeza de que as obras de nossas mãos estão construindo uma grande realização: “Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita” (Mt 9,38), pois, do sacrifício agradável de nossas mãos, podemos depois, contemplar o grande milagre da vida que produzimos e, identificar o quanto Deus caminhou conosco, pois, permaneceu no sacrário de nossos corações: “E vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa” (Ex 19,6a).
Esse é o poder que Deus nos dá, de curar os doentes, expulsar os espíritos maus, de purificar o mundo, pois, o grande remédio para os males do mundo, é o Amor de Deus que habita em nossa fé: “e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade” (Mt 10,1b).
Que a graça do Espírito do Amor se mantenha vivo no sacrário de teu coração, e te traga a alegria ao contemplar, no futuro, as grandes obras do agradável sacrificio produzido por tuas mãos neste presente: “Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 10,6)!

Música para a celebração da liturgia de Domingo 18 de junho de 2017, missa das 7:00 horas - PSCJTaubaté – Igreja Matriz

Canto de Entrada: Bom é louvar o Senhor. Pe. Ney Brasil.
Ato penitencial: Senhor Vós sois o caminho. José de freitas Campos/Marcos R M Malta
Aclamação: ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA!/ O Reino do céu está perto, convertei-vos, irmãos, é preciso, crede todos no Evangelho!
Apresentação das Oferendas: Trabalhar o pão. Pe. Zezinho
Comunhão: Cantar a beleza da vida. D.R.
Final: Momento novo. D.R.

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