Pular para o conteúdo principal

A virtualização sacrifica a socialização

Vivemos uma sociedade em que predomina as relações virtuais, sim, parece exagero, mas, priorizamos as nossas relações sociais a partir da comunicação por aparelhos, citarei um exemplo de um fato que mostra bem isso, que ouvi um de uma palestrante sobre o relacionamento  dela e sua filha: a filha chegava em casa, mal falava com a mãe e os demais membros da família, ia para o seu
quarto e lá ficava isolada, até que um dia, ela foi viajar e permaneceu um tempo no  exterior, e, a família passou a utilizar a comunicação virtual para falar com ela, e segundo a mãe, gerou uma comunicação muito mais intensa do que a presencial, ou seja, mãe e filha não largavam seus smartphones, e dizia a mãe, hoje, a distância, tenho muito mais diálogo com a minha filha do que tinha quando ela estava dentro de casa, ou seja, o vitual criou uma falsa sensação de socialização.
Mas, diferente dessa experiência, os sentidos da vida se dão por uma dimensão que envolve o espaço (ambiente, local físico, material)  e o tempo (imaterial) na comunicação presencial, talvez, por isso, possamos confirmar a afirmação de Aristóteles ao dizer que o homem é um ser eminentemente social.
O homem precisa estar perto de alguém, ele nasce, cresce e morre dependendo de alguém,  ainda que se iluda no orgulho, por uma independência financeira, ele precisa falar com alguém, precisa dividir sua vida com alguém nos aspectos de coorperação, construção e reprodução de vida.
Mas, a vida introspectiva produzida pela virtualização, tem fechado o homem em si, como um casulo, e, ele não envolve sua vida em uma partilha de ambientes e experiências, prefere que tudo seja reflexivo, tudo seja apenas mental, as coisas acontecem à sua frente e ele permanece introspectivo, frio, indiferente, distraído com seu aparelho, e parece que é nada, no entanto, isto é contra a vida.
Do calor dos braços da mãe somos totalmente dependentes, do calor dos braços do pai, somos totalmente dependentes, que quer dizer que, embora mesmo sem a presença dos nossos pais, somos capazes de conservar em nós o calor desse amor aprendido desde criança, que, por sua vez, só é aquecido quando compartilhamos com o nosso próximo.
   

Músicas para Missa do 23º Domingo do Tempo Comum - Músicas

Canto de Entrada: Dá-me a palavra certa – Pe. Zezinho
Ato Penitencial: Perdão Senhor pelas vezes que sufocamos: Casemiro Vidal Nogueira
Aclamação: Jesus Cristo pregava o Evangelho
Apresentação das oferendas: Os grãos que formam a espiga – Frei Luiz Turra
Comunhão: Oração pela Paz – Frei Fabretti
Final: Rainha da Paz – Maria do Rosário

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Uso do Projetor Multimídia ou Datashow nas Celebrações Litúgicas

Laurentino Lúcio Filho 1 Na praxis cristã , a Igreja em sua caminhada litúrgica se depara nos dias de hoje com os novos recursos para a divulgação da Palavra. Aqui em especial o destaque é para o recurso mediático do computador que acoplado ao um projetor, divulga mensagens aos fiéis nas celebrações litúrgicas. Sobre esta nova tecnologia vale a inspiração da Instrução Pastoral Communio Et Progressio de 1971, § 126: “ Cristo mandou aos Apóstolos e seus sucessores que ensinassem 'todas as nações', que fossem 'a luz do mundo', que proclamassem o Evangelho em todo o tempo e lugar. Do mesmo modo que Cristo se comportou, durante a sua vida terrestre, como o modelo perfeito do 'Comunicador', e os Apóstolos usaram os meios de comunicação então ao seu alcance, também o nosso trabalho apostólico atual deve usar as mais recentes descobertas da técnica. De fato, seria impossível, hoje em dia, cumprir o mandato de Cristo, sem utilizar as vantagens of

Segunda-feira, seja bem-vinda!

Quando as coisas parecem difíceis, quando as saídas parecem cadeias trancadas, quando as correntes parecem pesadas, o caminho a nos guiar se chama “coerência” que é semelhante a espelho a nos dizer “reconheça a você mesmo”, pois, somente olhando para nós mesmos é possível ver quem nós somos de verdade para agirmos com a prudência e conservar nossas forças. Nossas forças renascem porque ao nos vermos como somos de verdade, sem medo ou vergonha de nossa impotência, conseguimos perceber todo o conjunto de sentidos que compõe a nossa vida, ou seja, a verdade nos trouxe um monte de sentidos a nos alegrar, as nos inspirar, as nos reerguer, porque a verdade é nosso monte a estruturar-nos. Assim, na frieza da solidão, do desamparo, da rejeição, do abandono, que quer transformar o meu monte em um abismo, sinistro e cheio de trevas, me impedindo de enxergar outros montes, e, sem haver quem me ajude, oferto a minha dor: Ofertamos o homem que chora, não vendo a aurora do mundo em m

Proposta de Celebração Familiar: Sábado, 13 de junho de 2020

baixar em pdf 1. Começando o dia 1.1 Oração inicial A ti, Senhor, elevo a minha alma, meu Deus, em ti me refugio: que eu não fique decepcionado! Não triunfem sobre mim meus inimigos! Não fiquem desiludidos os que em ti esperam; fique confuso quem é infiel por um nada. Mostra-me, Senhor, os teus caminhos, ensina-me tuas veredas. Faz-me caminhar na tua verdade e instrui-me, porque és o Deus que me salva, e em ti sempre esperei. Lembra-te, Senhor, do teu amor, e da tua fidelidade desde sempre (Sl 25, 1-6). 1.2 Hino de Louvor (opcional) 1.3 Súplica por Israel Senhor, nos deparamos com o Mundo carente de paz, a Paz do Senhor que muito falta a nós, pois estamos atribulados diante de tantas empresas fechando as portas, diante de tantos desempregados, diante de tantos doentes que estão morrendo, e não há quem os ajude, pois, se há algum recurso, ainda que do próprio povo, a eles chegam precariamente e sem paz. E, nestes tempos presentes, cotidiano de penúrias, como aconteceu com o povo cond