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A felicidade do homem supera a tecnologia



Os recursos tecnológicos mudaram a forma de relação entre as pessoas, através dela é possível uma interação entre duas pessoas, sem compartilhar o mesmo ambiente físico. Além disso, ela mudou também a forma de difusão de informações, levando milhares e milhares de informações para as pessoas no dia a dia, em um processo as vezes chamado de ambiente líquido, pois, não permite que se forme uma cultura devido as rápidas mudanças de ambiente.
Assim, diferentemente do que ocorreu com as gerações dos finais do milênio passado em que havia todo um processo de transmissão de cultura linear, em que ia se formando a pessoa de acordo com os valores sociais, os recursos tecnológicos da atualidade, inundam desde os mais jovens aos mais velhos, em uma enxurrada de informações, tornando difícil ordená-las como princípios de começo para o fim, pois eles não tem começo e não tem fim.
Este movimento parece não abrir espaço para o ideal de vida, em meio as enxurradas de ideias, informações, tendências, assim, não se encontra um espaço para a edificação de princípios, pois, a tecnologia é ciência que atua como ferramenta de criação humana, sem espaço para a criação de Deus, seu interesse tendente é o mercado de comércio e o domínio do homem pelo próprio homem, em ações de vender, enriquecer, aparecer como um deus ou mago do software ou de determinado seguimento, emergindo em empresas que do nada se torna o tudo, as startups como forma de riqueza, domínio e poder.
Mas, o homem diferente de um circuito elétrico, traz em si a integração corpo e espírito, por isso, precisa de dois alimentos, o alimento da carne que vai servir para manter a sua estrutura material, e o alimento do espírito, que é imaterial, cuja função é manter sua integridade psíquica.
Não adianta ao homem ter um corpo, mas não ter uma mente, da mesma forma que, de nada adianta ele ter uma mente desintegrada do corpo, a estrutura humana se compõe de corpo e alma, onde os alimentos da alma não são materiais, mas vem do acervo de sentidos e significados que ele produz em sua vida.
Os sentidos e os significados são criados a partir dos valores que estruturam a sua felicidade, quem não está feliz, ou vive sem sentido, ou se defronta com atos que atingem seus valores.
Transformar os valores em sentido ou felicidade, tem inicio no alimento da alma daquilo que vem da bondade, se queres ser feliz, pratique a bondade e ela resultará na felicidade, pois a maldade prejudica, desequilíbra e destrói os valores.
A bondade é alimentos da alma, pois, seus frutos vêm do Espírito, pois Ele: “’renova pela transformação espiritual de nossa mente, ele nos ilumina e fortifica para vivermos como ‘filhos da luz’ (Ef 5,8), na ‘bondade, justiça e verdade em todas as coisas’ (Ef 5,9)” (CAT nº 1.695).
Diferentemente dos ambientes tecnológicos que se transmudam a cada instantes, das tendências que ora aparecem e já vão embora, eis que a Verdade é estável, são valores que foram construídos ao longo da edificação da humanidade, pois isso estão cravados como Escritura Sagrada.
De tudo aquilo que a humanidade experimentou, ou matou ou feriu seus valores tornando-a infeliz, como tempo de vacas magras, surgiu a Verdade que através da bondade resplandece a felicidade do homem e o edifica como semelhança de Deus: “tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso” (Mt 11,29).
Seguir a Verdade dos valores edificados pela humanidade, é criar os verdadeiros sentidos que edificam a vida e constróem a humanidade, alimentando a alma com um alimentos que não é material, um pão que é simbólico, cujo o sentido é a própria Vida: “Pois, se viverdes segundo a carne, morrereis, mas se, pelo espírito, matardes o procedimento carnal, então vivereis” (Rm 8,13). Eis a fórmula da felicidade, praticar a bondade, ter a Paz como valor que alimenta a alma.

Vós não viveis segundo a carne,
mas segundo o espírito,
se realmente o Espírito de Deus mora em vós.
Se alguém não tem o Espírito de Cristo,
não pertence a Cristo.
E, se o Espírito daquele
que ressuscitou Jesus dentre os mortos mora em vós,
então aquele que ressuscitou Jesus Cristo dentre os
mortos vivificará também vossos corpos mortais
por meio do seu Espírito que mora em vós” (Rm 8,9.11).

Música para a celebração da liturgia do 14º Domingo do Tempo Comum - Ano A - 09 de julho de 2017, missa das 7:00 horas - PSCJTaubaté – Igreja Matriz

Canto de Entrada: Senhor quem entrará. Pe. Jonas Abib
Ato Penitencial: Senhor tende piedade de nós, pelo irmão...Pe. Pedro Brito Guimarães
Aclamação: Aleluia, Aleluia, Aleluia. (Bis).
Eu te louvo, ó Pai Santo/ Deus do céu, Senhor da terra
Os mistérios do teu Reino/ Aos pequenos, Pai revelas! (Liturgia VI-faixa 20).
Apresentação das oferenda: Um coração para amar. Pe. Zezinho
Comunhão: Vem eu mostrarei: Pe. Josmar Braga/Valdeci Farias
Final: Ou santos ou nada mais. Ricardo Sá

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