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Quem crer verá, quem ver não crerá


Um rebento no céu, um estouro que dura apenas 5 milésimos de segundo, mas seu brilho é explendoroso, mais do que o brilho do sol em 10.000 anos. chamado de fast radio bursts (FRB) – estouro rápido de radio. Não é como uma estrela a brilhar, mas como um raio a iluminar, ele é temporário, como a aurora que anuncia o dia, a Estrela da Manhã.
Um brilho, um estouro que não tem explicação, os astrônomos buscam desesperadamente algo que sustente seus argumentos, como colisões de estrelas, efeito de buraco negro na matéria escura, até mesmo contato de alienígenas, mas, a todos os momentos, são obrigados a reverem suas teorias pois elas são jogadas no chão.
O caos científico se inaugurou com o FRB 121102, que derrubou a tese das colisões de estrela ao produzir em um único evento, 6 estouros, ou seja, se até ele se imaginava duas estrelas se colidindo, a partir dele, se viu uma única fonte produzindo o evento, levando-os a perguntarem “o que seria tão poderoso para produzir um fenômeno destes?”
Mas, se a ciência não consegue encontrar uma explicação, a fé parece revelar sinais claros do raiar de novos tempos, e a perplexidade da ciência parece até mesmo parte desse raiar, pois, o FRB121102, é um número de identidade a partir da data do evento, cujo fato misterioso que deixou o homem constrangido por não saber explicá-lo, coincide com o texto do Livro de Isaías (Is 2, 11-12):
Os olhos orgulhosos serão abaixados, a arrogância humana será humilhada. Nesse dia, somente o Senhor será exaltado.Pois haverá um dia do Senhor dos exércitos contra todo orgulhoso e arrogante, contra todo aquele que se eleva e se engrandece;
Este fenômeno é real, não é uma alegoria, não é uma fábola, mas sim, algo percepivel, natural e inacreditável. Inacreditável, pelo fato de ser material, ao mesmo tempo que se liga ao imaterial ou místico, conforme se constatou nas diversas remissões dos textos bíblicos daqueles eventos, já tratados na obra: a linguagem cristã nos sinais de rádio vindos do espaço (FRBs) e, ao se ver a ação direta de Deus na matéria, parece ao homem inacreditável.
Assim, se o estouro é como um raio a brilhar em 5 milésimos de segundo, de acordo com as ligações entre Eventos-Escrituras, esta referência nos liga àquela Estrela da Manhã que anuncia o rumo de luz para a humanidade, como lembrou-nos o Papa Paulo VI, quando apresentou razões para se lembrar do aparecimento de Nossa Senhora no mundo: “A primeira razão nos obriga a lembrar a aparição da Virgem no mundo como a chegada da aurora que precede o sol da salvação, Jesus Cristo, como a flor sobre a terra cheia de lama do pecado” (PAPA PAULO VI, 1964).
E agora, este mundo desumano da atualidade, é supreendido por um brilho inexplicável, raios de luzes produzidos por estouros, com duração de 5 milésimos de segundo cada um, mas, com um brilho de dez mil anos do sol, como a aurora, o prenúncio de um Reino de Justiça a brilhar no coração dos homens: “por isso, acreditamos com mais firmeza na palavra dos profetas. E vocês fazem bem considerando-a como luz que brilha em lugar escuro, até que raie o dia quando a estrela da manhã brilhar em seus corações” (2Pd 1,19), levando o homem novamente a recolhecer a sua íntima ligação com Deus.
Se ela é o estouro, os doze estouros que é o número de eventos, estão cheios da Palavra que guardada pela fé, e, que, olhada conjuntamente, lembra uma coroa de 12 estrelas de uma mulher vestida de sol "Apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua debaixo dos pés, e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava, entre as dores do parto, atormentada para dar à luz" (Ap 12, 1-2).
De um mundo em que Deus é visto como imaginação, como miragem, sendo até mesmo desprezível em determinados meios, o coração do homem recebe o brilho de um estouro, como um raio real, material e visível da Estrela da Manhã: eu sou o Rebento da família de Davi, a brilhante estrela da manhã (Ap 22,16), a sinalizar a nova aurora que precede o Espírito Santo que habitará o teu coração em uma vida nova.
Este texto não tem o propósito de explicar as escrituras, nem mesmo de revelar contextos apocalípicos, mas somente colocar no coração do homem a certeza de que Jesus, ressuscitou e é o Senhor de toda a terra, e as estrelas gritam o seu nome, Estrela da Manhã. Ele está bem perto, ao seu alcance, receba-o com hospitalidade.

REFERÊNCIAS
PAPA PAULO VI. Homilía de su santidad Pablo VI durante la missa para las religiosas: festa de la natividad de María. 8.09.1964. Disponível em <https://w2.vatican.va/content/paul-vi/es/homilies/1964/documents/hf_p-vi_hom_19640908_nativita-vergine-maria.html>. Acesso em 29 abr. 2017.

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