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Saúde para o coração: 5º Domingo da Páscoa - Ano A


O homem moderno vive tão focado em sua luta pela sobrevida, que carrega em si a sensação de que tudo lhe falta e, por isso, acredita que precisa correr para que suprir as suas necessidades. Mas, ao mergulhar em si mesmo, no seu propósito de auto-proteção, acaba por deixar escapar a vida e não consegue perceber quanta coisa ele está recebendo “Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça” (Sl 32,5).
Há diariamente o sacrifício das plantas e animais para o seu alimento, há a ambundância do ar que se respira, da água que mata a sede, da liberdade, da luz, do repouso, mas, tudo isso, lhe parece ficar em segundo plano, fechado em seu foco, estas graças parecem para ele que são nada.
Assim, corre, corre, e corre tentando vencer suas atribulações, tormentos, dificuldades, e não tem tempo se quer para dizer obrigado, pois seu coração está tão pesado por lhe parecer faltar as coisas, que o que tem, não tem qualquer valor e, não dando valor às coisas que Deus lhe apresenta: “Os de origem grega diziam que suas viúvas eram deixadas de lado no atendimento diário (At 6,1).
E nestes tempos já do 5º Domingo da Páscoa, vivemos a experiência da ressurreição, e, quando há a vida, não há a atribulação: “não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também” (Jo 14,1), pois a graça do Senhor repousa sobre o pesado fardo do homem, e ele se torna leve: “o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor para da morte libertar as suas vida e alimentá-los quando é tempo de penúria.” (Sl 32,18-19), e ai o foco do homem não é mais o da sobrevida, mas sim, o da vida: “dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o!” (Sl 32,2), é o de repartir o bem, pois, o bem que tem em si, traz-lhe uma alegria contagiante: “ó justos, alegrai-vos no Senhor! aos retos fica bem glorificá-lo” (Sl 32,1), que ele não descansa enquanto não a transmite e a vê em seu próximo “vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver estejais também vós” (Jo 13,3).
E passando a viver o amor, passa a querer partilhar o amor: “as palavras que eu vos digo,
não as digo por mim mesmo, mas é o Pai, que, permanecendo em mim, realiza as suas obras”
(Jo 14,10), pois, a experiência de Deus que é refletida em cada um, constrói o Reino de Amor: “ vós, como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo” (1Pd 2,5). Partilhar a palavra, partilhar os bens, partilhar o serviço “a Palavra do Senhor se espalhava” (At 6,7b) porque “ vós sois a raça escolhida, o sacerdócio do Reino, a nação santa, o povo que ele conquistou para proclamar as obras admiráveis daquele que vos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa” (1Pd 2,9).

Que loucura seria ignorarmos o Caminho, a Verdade e a Vida: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim (Jo 14,6) para permanecermos mergulhados na escuridão.
Qual o ato que você partilha nesse momento, como ação de graças pelo grande amor que você está recebendo, pela vida de alegria que visita o teu coração partilhando este amor?

Música para a celebração da liturgia de Domingo 07 de abril de 2017, missas:
Sábado, dia 13/05 às 17:00 horas - PSCJTaubaté – Igreja Matriz
Domingo, dia 14/05 às 7:00 horas - PSCJTaubaté – Igreja Matriz

Canto de Entrada: Por sua morte a morte viu o fim. Frei Frabretti
Ato Penitencial: Senhor vós sois o caminho. Pe. José de Freitas Campos e Marcos R N Malta
Aclamação: Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia, Aleluia
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, Ninguém chega ao Pai senão por mim. Eliomar Ribeiro
Canto de Ofertório: A terra apavorada emudeceu! Pe. Joel Postma
Canto de Comunhão: Ressuscitei, Senhor – Pe. Reginaldo Veloso.
Canto Final: Glória, somos livres de verdade! D.R.

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