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Os trabalhos infrutíferos


A cada dia que amanhece nas cidades, desperta a ansiedade do homem, que corre para seu trabalho, para seu estudo, para seus compromissos, e ao final do dia, o que se vê do fruto de todos os trabalhos são notícias de violências bárbaras, covardia, homicídios, assaltos, corrupção, perversão, como se fosse uma videira que embora, plantada em terra boa, está a produzir frutos selvagens, frutos azedos.
Isso é consequência do rompimento da sua referência com a Verdade, pois, ele escolheu caminhar sobre o seu próprio parecer, disse não à Amizade, tratou-a como interferência
externa não digna de crédito, e passou a desenhar seu próprio caminho, acreditou estar criando a sua própria verdade, e o que se vê é destruição e morte, tristeza e desolação. Tudo em nome da ciência, da propriedade, do poder, assim, ele já não se reconhece mais como um arrendatário, usurpa da confiança para se declarar como o próprio dono do vinhedo: “os vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre
si: `Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança” (Mt 21,38)!

Mas, há uma aliança eterna de amizade entre Deus e o homem que o convida a voltar-se para a fé na Vedade, que é Jesus, sob a promessa Dele:”Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em Mim não fique nas trevas” (Jo 12, 46) e, “para que uma luz seja tão poderosa, não pode dimanar de nós mesmos; tem de vir de uma fonte mais originária, deve porvir em última análise de Deus” (PAPA FRANSCISCO, Lumen Fidei, n. 4).
Que os frutos azedos produzidos pelo trabalho inspirado no próprio parecer do homem, possa despertar nos seus corações, o desejo de abandonar os caminhos maus e retornar à Verdade, buscando realizar o plano de Deus para a vida: “a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular” (Mt 21,42).

Músicas para a celebração litúrgica do 27º Domingo do Tempo Comum – Ano A

Canto de Entrada: Senhor quem entrará. Pe. Jonas Abib
Aclamação: Eu vos escolhi foi do meio do mundo. Reginaldo Veloso
Apresentação das Oferendas: As sementes que me destes. José Acácio Santana
Comunhão: Mas é preciso que o fruto de se parta. Frei Luiz Turra
Final: Ide pelo mundo. DR

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