Você
já viu uma declaração de amor por você ao contrário? Ao invés
de alguém te dizer “eu te amo”, ele te diz: “me ame acima de
tudo”. Para aqueles que só gostam de receber amor, isso pode
parecer um comportamento egoísta de alguém que quer ser muito
amado, mas, para aquele que responde ao amor, ele sente que ser
amado por alguém é imergir no amor,
é produzir, ou repercutir o
amor: “assim,
nós já nem precisamos de falar, pois as pessoas mesmas contam como
vós nos acolhestes (Ts
1,8-9), pois o amor não é o perfume, mas a substância que
cria o aroma, ele não é o fogo, mas a substância que gera o
fulgor, ele é a graça que transforma todas as coisas, da formação
das partículas invisíveis de bósons, nêutrons, elétrons,
quarcks, dos neutrinos, da geração da menor espécie de criatura à
imensidão do universo, tudo é forjado por esse calor, o elemento
da criação, a força do amor, o germe de Deus: “eu desci
à casa do oleiro, e eis que ele estava trabalhando no torno” (Jr 18,3),
O
amor produz a vida, pois, a vida é construída a
cada instante, e não
recebida pronta, assim, é reagindo ao amor que a
vida é criada,
pois, ao se permanecer estático só para recebê-lo como
bem amado, se regride, como
o homem sedentário, que pela sua imobilidade não provoca a reação
de neurotransmissores, deixando de produzir a dopamina, a
endorfina, a serotonina, e
o
corpo fica sem prazer.
Reagir
ao amor, tornar-se sensível a ação dele ao seu redor, se importar,
se alegrar, se emocionar, se compadecer, tornar-se
agradecido,
doar-se: “viva
o Senhor! Bendito seja o meu Rochedo! E louvado seja Deus, meu
Salvador! (Sl
17,47),
para tudo
isso,
é preciso estar imergido na grande fonte de amor: “sois
minha força, minha rocha, meu refúgio e Salvador! (Sl
17,2-3),
é
primeiro o amar acima de tudo: “amarás
o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e
de todo o teu entendimento!' Esse é o maior e o primeiro mandamento”
(Mt
22,37-38),
pois,
como o fogo que não pode incandescer sem a faísca, sem estar
imergido neste amor, não se é capaz de reagir, ninguém
consegue
dar aquilo que não tem.
Ao
se imergir nas águas do amor, como
um berço d’água ligando-se ao rio, o
homem passa
a desejar produzir
o amor, não espera receber, mas sim, dar, não espera ser servido,
mas servir, pois, repercutindo a graça da vida que o amor lhe dá,
tem sede de compartilhá-lo com seu próximo: O segundo [mandamento]
é semelhante a esse: `Amarás ao teu próximo como a ti mesmo'. Toda
a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos (Mt
22,39-40).
Transbordando
dessa água, toda a força da correnteza que ela produz, transporta
no peito, o amor que neste momento, chega até você. Celebre essa graça
“viva
o Senhor! Bendito seja o meu Rochedo! E louvado seja Deus, meu
Salvador! (Sl
17,47).
Cantos
da celebração da liturgia do 30º Domingo do Tempo Comum – Ano A
Canto
de Entrada: Derrama o teu amor aqui. Celina Borges
Ato
Penitencial: Senhor, tende piedade (pelo irmão que não amei). Pedro
Brito Guimarães
Aclamação:
Eu
vos escolhi foi do meio do mundo (estrofe
do dia).
Reginaldo
Veloso
Apresentação
das oferendas: É
prova de amor. Frei Luiz Turra
Comunhão:
Tomai
e comei. Waldeci Farias.
Final:
Pelas
estradas da vida. D.R.
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