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O amor venceu a morte


Da queda de Adão o homem conheceu a morte, e o homem saiu da presença de Deus para se instalar numa terra distante. Mas, se já não podia mais ver a face de Deus, porque nesta terra há muitas trevas, Deus lhe deu nesta nova terra, o amor como meio de manter a amizade entre Deus e o homem.
Pelo amor, permaneceu com ele na escuridão, tornando o amor luz, a iluminar as trevas de seu caminho, a qual Deus chamou de “meu povo” aqueles que O amam, e se mantém no
amor, por isso, embora o homem, quando via a face de Deus, desprezando a graça, traiu a amizade pela cobiça, e mergulhou nas trevas da morte se tornando escravo do erro, Deus não rompeu sua amizade com ele, convida-o para que retorne à mesma graça inicial através do amor, que é a única via de luz em seu caminho de trevas, a transportá-lo à face de Deus.
Mas as trevas são inimigas da luz, e lança violentamente sua ferocidade sobre o homem para que ele, como escravo dela, se submeta ao erro e rejeite a luz, mas aqueles que são amigos de Deus, fizeram do amor seu alimento, e sem este alimento já não podem mais existir, sustentados pelo amor, se tornam por um tempo, vítimas dos escravos do erro, pela violência, pelos homicídios, pela opressão, pela devastação, pela fome, pela dor, pela perversão, pela depravação, pela exploração, até quando o amor der o fruto, eliminando todas as trevas, e verão a face de Deus.

Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados os aflitos,
porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos,
porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que são perseguidos
por causa da justiça,
porque deles é o Reino dos Céus.
Bem-aventurados sois vós,
quando vos injuriarem e perseguirem,
e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós,
por causa de mim.
Alegrai-vos e exultai,
porque será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5,3-12).

Por isso, aqueles que se alimentam pelo amor habitam a terra de Deus, formando um só povo, não existindo mais escravos, gregos, romanos, judeus (Cf. Gl 3,26-28), mas, o povo de Deus: “vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! (1Jo 1,1), e deste povo, há os que agora sofrem como vítimas dos escravos do erro, e há também, aqueles já foram as vítimas e que hoje se enamoram na luz, mas, todos vivem, e anseiam para ver a face de Deus: "esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14).
Ó alma que um dia no amor, brilhou nas trevas, mostrando o caminho de luz para aqueles que hoje estão neste vale de lágrimas, como a chama que se propaga, o fogo que alimenta o teu existir, é o mesmo fogo que está a alimentar teus amados, formando um só corpo: “é assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face” (Sl 23,6), pois, o amor é único, é forte como a morte (Ct 8,6) e cobre as trevas, libertando o homem da escravidão dos erros (Cf. 1Pd 4,8).
Caríssimos, desde já somos filhos de Deus,
mas nem sequer se manifestou o que seremos!
Sabemos que,
quando Jesus se manifestar,
seremos semelhantes a ele,
porque o veremos tal como ele é.
Todo o que espera nele,
purifica-se a si mesmo,
como também ele é puro (1Jo 1,2-3).

O amor é o alimento que une o ente querido que ofereceu seu fruto de amor e descansa, ao ente que hoje constrói a sua casa e prepara um novo fruto. Não há partidas ou chegadas mas o amor que dá a vida.

Canto da celebração dos fiéis defuntos – Ano A

Canto de entrada: Alegres vamos à casa do Pai. Ir. Miria Kollings
Ato Penitencial: Senhor que fizestes passar da morte para a vida: Pe. Jair Costa
Aclamação: Amém, Aleluia! Vim cantar no céu. Dom Carlos Alberto Navarro/José Alves
Apresentação das oferendas: Ofertamos ao Senhor um mundo novo. D.R.
Canto de Comunhão: Estás entre nós. D.R.
Canto Final: Maria ó mãe cheia de graça. D.R.

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