Por
quarenta dias caminhamos penitencialmente à grandeza da Cruz,
esperando a misericórdia de Deus, e juntou-se a nós Jesus, como
Deus, colocando-se como um de nós, elevou-se à mesma Cruz, selando
por seu sangue e seu próprio corpo com cravos nos pés e nas mãos,
a comunhão entre o homem e Deus.
Por
este gesto de Jesus, resposta de Deus de profundo amor ao clamor do
homem pela vida: “eterna
é a sua misericórdia!” (Sl
117,2), ele acolheu a todos os
homens do presente, do passado e do futuro: “a
pedra que os pedreiros rejeitaram,* tornou-se agora a pedra
angular” (Sl 117,22),
e, ao derramar seu sangue e água, sepultou, naqueles que o
receberam, as cadeias da morte, ressuscitando
a vida e nossa relação de
amizade com Deus em profunda comunhão: “todos
os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum”
(At 2,44).
A
páscoa vem trazer esse novo
dom, a ressurreição de um homem novo, o homem que através de
Cristo restabeleceu sua comunicação com Deus, unindo todo
o seu proceder, toda a sua caminhada a
Ele
em uma nova vida.
“Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, para uma herança incorruptível, que não se mancha nem murcha, e que é reservada para vós nos céus” (1Pd 1,3-4).
Dom,
porque não é uma vontade controlada pela
mente do homem, pois, este dom
age quando o homem abre o seu coração e une sua vida a Deus: “sem
ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais.
Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, pois
obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação” (1Pd
1,8-9), isto é, em
sua vida não é mais o que ele
pensa, ou o que ele quer, pois tudo o que ele quer e tudo o que ele
pensa se conforma com o Deus
que nele
vive: “os
que haviam se convertido eram perseverantes em ouvir o ensinamento
dos apóstolos, na comunhão fraterna na fração do pão e nas
orações. E todos estavam cheios de temor por causa dos numerosos
prodígios e sinais que os apóstolos realizavam (At 2,42).
Assim,
caminhar como este homem novo,
não é pela vontade do homem,
mas, pela graça de Deus, o dom
de caminhar com Deus, dom esse que se chama Batismo, a caminhada na
graça de Deus pela fé: ”graças
à fé, e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação
que deve manifestar-se nos últimos tempos” (1Pd
1,5).
E
pelo Batismo, como homens novos, recomeçamos a caminhada por mais
quarenta dias, agora, esperando a graça de receber o Espírito
Santo: “soprou sobre eles e
disse: 'Recebei o Espírito Santo’” (Jo
20,22), para que o homem possa
reconhecer a verdadeira cidade de Deus, aquela que é sólida mas não
se mostra pela percepção dos
olhos: “bem-aventurados os que creram sem terem visto!” (Jo
22,29b).
Caminhai
pelos dons do batismo, aspirando os dons do alto. Caminhais nos
próximos quarenta dias para a nova luz que ilumina as trevas, para a
água viva que sacia toda alma.
Música
para a celebração da liturgia Domingo 23
de abril de 2017, missa das 7:00 horas da manhã PSCJTaubaté –
Igreja Matriz
Canto
de entrada: Novo sol
brilhou – Frei Frabretti.
Ato
penitencial: Senhor que
vieste chamar – DR
Glória:
Glória, glória, glória a
Deus – Com. Shalon
Aclamação:Nossa
Páscoa é Jesus Cristo – Reginaldo Veloso e Sílvio Milanez
Ofertório:
Eu creio num mundo novo –
DR
Comunhão:
Antes da morte e Ressurreição de Jesus – DR
Final:
Glória Somos livres de verdade - DR
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