A escolha das músicas para a celebração não é como a escolhas das frutas em uma feira, ou de um sapato no shopping, mas envolve uma preparação como um verdadeiro ritual, iniciando com o encontro da equipe, a oração e a espiritualidade das leituras a serem preparadas, para depois, se definir as músicas que farão parte da celebração litúrgica.
Considerando que as vezes ocorre a dificuldade da equipe decorrente da pouca formação litúrgica surge questões como:
a) Deveria uma equipe paroquial preparar o roteiro único para a celebração padronizando as músicas para todas as missas?
b) A centralização das experiências litúrgicas em uma única equipe representaria as diversas experiências dos ministérios pastorais?
Ao falarmos das equipes de celebração estamos nos referindo aos serviços pastorais litúrgicos em que ocorre o serviço do leigo na celebração, aqui no caso, o leigo que faz parte da pastoral litúrgica atuando no ministério da música cujo ministério da equipe constitui uma célula litúrgica.
E essa atuação do leigo na ação pastoral está subordinada a hierarquia da Igreja, contudo, não como se ele fosse apenas servidor a executar éditos sacramentalistas sob o cognome obediência, mas sim em participação ativa no Sacramento Régio de Cristo, em que se submete a orientação e direcionamento hierárquico em sincronia no eixo da Verdade com esse mesmo Sacramento Régio, como é conclamada na Ação Líturgica:
Igreja, “Mãe de coração aberto”, “casa aberta do Pai” , conclama a todos para reunir-se na fraternidade, acolher a Palavra, celebrar os sacramentos e sair em missão, no testemunho, na solidariedade e no claro anúncio da pessoa e da mensagem de Jesus Cristo (CNBB - Diretrizes gerais da ação evangelizadora e liturgia 2015-2019, nº 14).
Assim, a Igreja de Cristo propõe ao fiel servidor na pastoral, atuante na liturgia, uma ação ativa: É por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos não entrem neste mistério de fé como estranhos ou espectadores mudos, mas participem na ação sagrada, consciente, ativa e piedosamente, por meio duma boa compreensão dos ritos e orações; (SC nº 48).
Considerando esses preceitos, temos um sentimento prévio de que não é possível aplicar a centralização das ações em uma comissão que decide pela equipe, tolhendo de cada fiel, a graça do desenvolvimento litúrgico missionário do testemunho, da experiência pessoal com Cristo, da ação de ser o sal da terra, para torná-lo mero executor de ações sacramentais sem sentido próprio para a célula litúrgica, ao contrário do que prega a Constituição Dogmática Lumen Gentium: Deste modo, todos testemunham, na variedade, a admirável unidade do Corpo místico de Cristo: a própria diversidade de graças, ministérios e atividades (o grifo é nosso) (LG nº 32).
Essa diversidade que é comum no povo de Deus se manifesta como um jardim que tem a sua beleza exatamente pela multiplicidade de cores diferentes, por possuir a diversidade de flores e plantas que revelam o explendor das cores que o embeleza, ele se distancia da homogeneidade, pois se assim fosse, Cristo teria apenas a cor branca, ou vermelha, verde ou roxa o que não revela a Verdade: Normalmente, nossas assembléias litúrgicas são heterogêneas, misturadas. Aí estão, não apenas indivíduos diferentes, mas segmentos ou grupos diferentes de pessoas, que têm algo de comum entre si e formam minorias específicas dentro da grande assembléia (CNBB Doc 72 - A música litúrgica no Brasil: um subsídio
para quantos se ocupam da música litúrgica na Igreja de Deus que está no Brasil, nº 178).
A proposta de se padronizar todas as celebrações suprimindo as atividades das células litúrgicas na espiritualidade paroquial, para centralizá-la em uma comissão sob o pretexto de se buscar um padrão homogêneo nas celebrações é seguir contra a natureza da Igreja que é heterogênea: Optar por uma neutralidade indiferente a tudo isso, com o propósito de atender a todos por igual, é correr o risco de não atingir a ninguém. Pelo contrário, seria melhor empenhar-se em ir ao encontro de cada situação, tornando-se servo de todos, a fim de ganhar o maior número possível (1Cor 9,19)(CNBB Doc 72 - A música litúrgica no Brasil: um subsídio para quantos se ocupam da música litúrgica na Igreja de Deus que está no Brasil, nº 179).
Pois, isso suprime a ação ativa de cada membro da pastoral para limitar as celebrações à espiritualidade de um grupo ou algumas pessoas, quando a Igreja requer a ação ativa de todos os membros da pastoral: A santa Igreja, por instituição divina, é organizada e governada com uma variedade admirável.
... os pastores da Igreja, imitando o exemplo do Senhor, prestem serviço uns aos outros e aos fiéis: e estes dêem alegremente a sua colaboração aos pastores e doutores. Deste modo, todos testemunham, na variedade, a admirável unidade do Corpo místico de Cristo: a própria diversidade de graças, ministérios e atividades (o grifo é nosso), consagra em unidade os filhos de Deus, porque «um só e o mesmo é o Espírito que opera todas estas coisas» (1 Cor. 12,11) (LG, nº 32).
A diversidade de dons e graças está unida por único eixo que é Cristo: consagra em unidade os filhos de Deus, porque «um só e o mesmo é o Espírito que opera todas estas coisas» (1 Cor. 12,11) (LG, nº 32), por isso, a diversidade de graças e dons não pode ser tratada como diferenças que se distanciam da homogenidade, pois a própria Igreja rejeita a homogenidade para se declarar heterogênea: A Igreja tem consciência de ser uma presença diferente no mundo (CNBB - 37ª Assembléia Geral: missão e ministérios dos cristãos leigos e leigas, 63)..
Ao se pensar na unidade litúrgica não se pode pensar que ela se dá pela homogenidade litúrgica, mas sim pela heterogenidade litúrgica que se manifesta pela diversidade de dons e graças, nas múltiplas experiências pessoais com Cristo através dos testemunhos, caminhada de fé, não limitada no presbítero, no diácono ou na comissão litúrgica, mas se estendendo a todos os que participam do Sacramento Régio de Cristo na Liturgia, que inclui o presbítero, o diácono as comissões e as células pastorais litúrgicas e a assembléia.
Padronizar as músicas litúrgicas para todas as equipes de música nas celebrações mataria a espiritualidade das células litúrgicas, produzindo uma liturgia tão morta que poderiamos comparar tal situação se todas as homilias também fossem padronizadas para todas as celebrações sem a inspiração do Espírito Santo sobre o proclamador da Palavra, ou ainda a execução das músicas litúrgicas por aparelhos de áudio e não por expressão de canto da equipe, não havendo ação interativa do Espírito, não havendo testemunho no Espírito, não havendo graça no Espírito, mas apenas mero sacramentalismo litúrgico.
Encerramos rogando a Deus que dê vida às células litúrgicas pastorais e as livrem da morte celebrativa.
Considerando que as vezes ocorre a dificuldade da equipe decorrente da pouca formação litúrgica surge questões como:
a) Deveria uma equipe paroquial preparar o roteiro único para a celebração padronizando as músicas para todas as missas?
b) A centralização das experiências litúrgicas em uma única equipe representaria as diversas experiências dos ministérios pastorais?
Ao falarmos das equipes de celebração estamos nos referindo aos serviços pastorais litúrgicos em que ocorre o serviço do leigo na celebração, aqui no caso, o leigo que faz parte da pastoral litúrgica atuando no ministério da música cujo ministério da equipe constitui uma célula litúrgica.
E essa atuação do leigo na ação pastoral está subordinada a hierarquia da Igreja, contudo, não como se ele fosse apenas servidor a executar éditos sacramentalistas sob o cognome obediência, mas sim em participação ativa no Sacramento Régio de Cristo, em que se submete a orientação e direcionamento hierárquico em sincronia no eixo da Verdade com esse mesmo Sacramento Régio, como é conclamada na Ação Líturgica:
Igreja, “Mãe de coração aberto”, “casa aberta do Pai” , conclama a todos para reunir-se na fraternidade, acolher a Palavra, celebrar os sacramentos e sair em missão, no testemunho, na solidariedade e no claro anúncio da pessoa e da mensagem de Jesus Cristo (CNBB - Diretrizes gerais da ação evangelizadora e liturgia 2015-2019, nº 14).
Assim, a Igreja de Cristo propõe ao fiel servidor na pastoral, atuante na liturgia, uma ação ativa: É por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos não entrem neste mistério de fé como estranhos ou espectadores mudos, mas participem na ação sagrada, consciente, ativa e piedosamente, por meio duma boa compreensão dos ritos e orações; (SC nº 48).
Considerando esses preceitos, temos um sentimento prévio de que não é possível aplicar a centralização das ações em uma comissão que decide pela equipe, tolhendo de cada fiel, a graça do desenvolvimento litúrgico missionário do testemunho, da experiência pessoal com Cristo, da ação de ser o sal da terra, para torná-lo mero executor de ações sacramentais sem sentido próprio para a célula litúrgica, ao contrário do que prega a Constituição Dogmática Lumen Gentium: Deste modo, todos testemunham, na variedade, a admirável unidade do Corpo místico de Cristo: a própria diversidade de graças, ministérios e atividades (o grifo é nosso) (LG nº 32).
Essa diversidade que é comum no povo de Deus se manifesta como um jardim que tem a sua beleza exatamente pela multiplicidade de cores diferentes, por possuir a diversidade de flores e plantas que revelam o explendor das cores que o embeleza, ele se distancia da homogeneidade, pois se assim fosse, Cristo teria apenas a cor branca, ou vermelha, verde ou roxa o que não revela a Verdade: Normalmente, nossas assembléias litúrgicas são heterogêneas, misturadas. Aí estão, não apenas indivíduos diferentes, mas segmentos ou grupos diferentes de pessoas, que têm algo de comum entre si e formam minorias específicas dentro da grande assembléia (CNBB Doc 72 - A música litúrgica no Brasil: um subsídio
para quantos se ocupam da música litúrgica na Igreja de Deus que está no Brasil, nº 178).
A proposta de se padronizar todas as celebrações suprimindo as atividades das células litúrgicas na espiritualidade paroquial, para centralizá-la em uma comissão sob o pretexto de se buscar um padrão homogêneo nas celebrações é seguir contra a natureza da Igreja que é heterogênea: Optar por uma neutralidade indiferente a tudo isso, com o propósito de atender a todos por igual, é correr o risco de não atingir a ninguém. Pelo contrário, seria melhor empenhar-se em ir ao encontro de cada situação, tornando-se servo de todos, a fim de ganhar o maior número possível (1Cor 9,19)(CNBB Doc 72 - A música litúrgica no Brasil: um subsídio para quantos se ocupam da música litúrgica na Igreja de Deus que está no Brasil, nº 179).
Pois, isso suprime a ação ativa de cada membro da pastoral para limitar as celebrações à espiritualidade de um grupo ou algumas pessoas, quando a Igreja requer a ação ativa de todos os membros da pastoral: A santa Igreja, por instituição divina, é organizada e governada com uma variedade admirável.
... os pastores da Igreja, imitando o exemplo do Senhor, prestem serviço uns aos outros e aos fiéis: e estes dêem alegremente a sua colaboração aos pastores e doutores. Deste modo, todos testemunham, na variedade, a admirável unidade do Corpo místico de Cristo: a própria diversidade de graças, ministérios e atividades (o grifo é nosso), consagra em unidade os filhos de Deus, porque «um só e o mesmo é o Espírito que opera todas estas coisas» (1 Cor. 12,11) (LG, nº 32).
A diversidade de dons e graças está unida por único eixo que é Cristo: consagra em unidade os filhos de Deus, porque «um só e o mesmo é o Espírito que opera todas estas coisas» (1 Cor. 12,11) (LG, nº 32), por isso, a diversidade de graças e dons não pode ser tratada como diferenças que se distanciam da homogenidade, pois a própria Igreja rejeita a homogenidade para se declarar heterogênea: A Igreja tem consciência de ser uma presença diferente no mundo (CNBB - 37ª Assembléia Geral: missão e ministérios dos cristãos leigos e leigas, 63)..
Ao se pensar na unidade litúrgica não se pode pensar que ela se dá pela homogenidade litúrgica, mas sim pela heterogenidade litúrgica que se manifesta pela diversidade de dons e graças, nas múltiplas experiências pessoais com Cristo através dos testemunhos, caminhada de fé, não limitada no presbítero, no diácono ou na comissão litúrgica, mas se estendendo a todos os que participam do Sacramento Régio de Cristo na Liturgia, que inclui o presbítero, o diácono as comissões e as células pastorais litúrgicas e a assembléia.
Padronizar as músicas litúrgicas para todas as equipes de música nas celebrações mataria a espiritualidade das células litúrgicas, produzindo uma liturgia tão morta que poderiamos comparar tal situação se todas as homilias também fossem padronizadas para todas as celebrações sem a inspiração do Espírito Santo sobre o proclamador da Palavra, ou ainda a execução das músicas litúrgicas por aparelhos de áudio e não por expressão de canto da equipe, não havendo ação interativa do Espírito, não havendo testemunho no Espírito, não havendo graça no Espírito, mas apenas mero sacramentalismo litúrgico.
Encerramos rogando a Deus que dê vida às células litúrgicas pastorais e as livrem da morte celebrativa.
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