O
olhar com o coração não é um visão aparente mas, a experiência
dos sentidos que envolve o ser. Tudo é sentimento, tudo é
simbolizado como uma fotografia no acervo da memória de longa
duração. Por isso, não precisa ser algo explícito, mas implícito.
Não
precisa ser evidente mas apenas aparente ou, mesmo, obscuro,
talvez por isso, as maiores experiências entre o homem e Deus se dão
na escuridão: “Naqueles dias, ao chegar a Horeb, o monte de Deus,
o profeta Elias, entrou numa gruta, onde passou a noite. E eis que a
palavra do Senhor lhe foi dirigida” (Rs 19,9a), ou mesmo, quando
faz uma simples oração, ele fecha os olhos.
As
alturas da grandeza da santidade de Deus não permitem ao homem uma
visão explícita Dele, mas, uma contemplação através da sua
Graça, para que ele não veja apenas com dois olhos, mas sob a
Verdade, com tudo o que é sentido que habita o ser, com se tivesse
olhos por dentro e por fora, pois quando isso acontece a Verdade se
revela em todos os sentidos.
Se
a astúcia do homem quisesse enganar seus sentimentos verdadeiros, e,
tentasse desvendar seus olhos para ver Deus, através da observação
das imagens, perceptíveis nos grandes fenômenos do mundo, não
encontraria Deus: “antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso
e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o
Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto. Mas
o Senhor não estava no terremoto. Passado o terremoto, veio um fogo.
Mas o Senhor não estava no fogo” (1Rs 9,11b-12), e seria traído
por seus olhos ficando apavorado: “Quando os discípulos o
avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: 'É
um fantasma'. E gritaram de medo (Mt 14,26), mas Deus repreende sua
forma de ver a Verdade apenas com os olhos: “homem fraco na fé,
por que duvidaste” (Mt 14,31)?
Mas,
se o homem põe seu coração longe de todos os pensamentos, e o
entrega a ouvir a Verdade, a Verdade lhe é revelada com os olhos e
os ouvidos: “quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que
ele vai anunciar” (Sl 84, 9a-9b). Tudo faz sentido, tudo e Graça:
a verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão;
da terra brotará a fidelidade, e a justiça olhará dos altos céus”
(Sl 84,11-12), e o coração do homem não se conforma em ter um
tesouro destes sozinho, pois, Deus se expande ao redor de todo o
mundo: “a ponto de desejar ser eu mesmo segregado por Cristo em
favor de meus irmãos, os de minha raça” (Rm 9,3).
Veja
com o coração, deixe-se apaixonar.
Música para a missa do 19º Domingo do Tempo Comum - Ano A
Canto
de Entrada: Te amarei (D.R.).
Ato
penitencial: Kyrie Eleison : JMJ2013
Aclamação:
Aleluia, aleluia, aleluia! Aleluia, aleluia, aleluia! Eu confio em
nosso Senhor com fé, esperança e amor
Eu espero na sua palavra Hosana, ó Senhor, vem, me
salva!
Apresentação
das oferendas: É prova de amor (Frei Luiz Turra)
Comunhão:
(É bom estarmos Juntos ) Maria de Deus Senhora da Paz (D.R.)
Canto
Final: Eu e minha casa serviremos ao Senhor (Pe. Jonas Abib)
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