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Cantos da Liturgia do 5º Domingo da Quaresma - Ano A


Na liturgia do 5º Domingo da quaresma, o Senhor promete a vida ao seu povo: “Assim fala o Senhor Deus: Ó meu povo, vou abrir as vossas sepulturas e conduzir-vos para a terra de Israel” (Ez 37,12). Diante desta promessa cabe-nos indagar: mas, os cristãos destes tempos não forma o povo do Senhor? Já não tem a vida? Por acaso, não se organizam socialmente e se relacionam entre si, inclusive com Deus? Não sonham, não planejam, não o adoram, rezam ou, oram, por Ele? A resposta é: fazem tudo isto, mas, sem vida, traz em si a ideia de que somente depois de morrerem é que talvez poderão ter a vida eterna: "disse Marta: 'Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia" (Jo11,24).
Um povo que pratica seus atos sem sentidos: “Jesus falava da morte de Lázaro, mas os discípulos pensaram que falasse do sono mesmo” (Jo 11), por isso tem uma vida comprometida pela iniquidade, e a sua concupiscência os afastam da dignidade de filhos de Deus: “Se levardes em conta nossas faltas, quem haverá de subsistir? (Sl 129,3), por isso, há um profundo abismo entre a Vida na glória de Deus e esse mundo: Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, escutai a minha voz! (Sl 129,1-2), encoberto por suas fraquezas que os impedem de ver a glória de Deus: Mas se alguém caminha de noite, tropeça, porque lhe falta a luz' (Jo 11,10).
Mas, diante da secura, do deserto, da amargura desse povo, o Senhor reconhece como seu povo aqueles que, imersos em suas sepulturas, Nele acreditam, não pela boca, mas sim com o coração: “A minh'alma espera no Senhor mais que o vigia pela aurora (Sl 129,6), e deste povo não esquece: “Se, porém, Cristo está em vós, embora vosso corpo esteja ferido de morte por causa do pecado, vosso espírito está cheio de vida, graças à justiça” (2Rm 8,10), por isso, como uma Mãe que não abandona seu filho, vem ao seu encontro: “mas em vós se encontra o perdão, eu vos temo e em vós espero (Sl 129,4), e diante de uma mundo de pecado, incapaz de reconhecê-lo, Ele confirma a sua promessa de resgatar o homem das profundezas da escuridão: “e quando eu abrir as vossas sepulturas e vos fizer sair delas, sabereis que eu sou o Senhor (Ez 37,13).
Um povo que passa a reconhecer um Deus vivo: “Então Jesus disse: 'Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11,25), restabelecendo sua dignidade de filhos de Deus: Ele vem libertar a Israel de toda a sua culpa (Sl 129,8), afastando-o das trevas que antes os levavam a adorar um deus morto, do faz de conta, uma deus da imaginação: "Porei em vós o meu espírito, para que vivais e vos colocarei em vossa terra. Então sabereis que eu, o Senhor, digo e faço" (Ez 37,14).
O Espírito que permite a este povo reconhecer Deus e o chamar de Pai, pois é capaz de reconhecer a sua grandeza através do coração e não mais na boca: “Quando Jesus a viu chorar, e também os que estavam com ela, estremeceu interiormente, ficou profundamente comovido (Jo 11,33).
A Vida está em ter no coração o Deus vivo, que ressuscita seu povo da escuridão da imaginação, do faz de conta, da hipocrisia, do abismo que separa o homem da vida, e vida em abundância, cuja promessa é para agora, e não para o último dia.

Música para a celebração da liturgia
Domingo 02 de abril de 2017, missa das 7:00 horas da manhã PSCJ-Taubaté – Igreja Matriz

Canto de Entrada: Senhor eis aqui o teu povo: José Raimundo Galvão.
Ato Penitencial: Perdoa-me: Comunidade Shalom.
Canto de Aclamação ao Evangelho: Glória a vós ó Cristo, verbo de Deus: A ressurreição e a vida eu sou, / quem em mim acredita a vida encontrou! Pe. José Carlos Sala. CF 2017.
Apresentação das Oferendas: O vosso coração de pedra: José Alves
Canto de Comunhão: Eu vim para que todos tenham vida. Pe José Weber
Canto Final: Hino da Campanha da Fraternidade 2017

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