A
liturgia deste domingo vem nos
revelar a grandeza da
disponibilidade de um Amigo, que, por sua iniciativa em dar condições
dignas de vida, ajuda aos
seu amigos de poucos
recursos, sem ter interesse, sem emprestar, mas de forma totalmente
gratuita, que São Paulo chama de Graças: “Deus nos salvou e nos
chamou com uma vocação santa, não devido às nossas obras, mas em
virtude do seu desígnio e da sua graça, que nos foi dada em Cristo
Jesus” (2Tm 1,9).
Mas,
o homem tende a olhar mais para o lucro da amizade, do que para a graça dela,
tornando-a fria
e, da vida em abundância, reina a miserabilidade
de um lugar sem a vida, em que todos disputam com violência, as
poucas riquezas de vida, transformando
as Graças de
amor e amizade em um falso
deus, ou em um baal, da subsistência pelo
lucro e pela
riqueza egoísta, pondo nela a garantia de sustento e segurança.
Diante
desta terra seca, árida, sem vida, Deus move-se
em direção aos seus
amigos e, com sua Graça diz a eles: 'Sai da tua terra, da tua
família e da casa do teu pai, e vai para a terra que eu te vou
mostrar” (Gn 12,1b), sai deste mundo em que o homem na
sua mediocridade, se
vê apenas como um animal mais esperto do que os outros animais, e,
esquece da sua dignidade de filhos cheio
de humanidade,
sai
deste reino de miserabilidade para
a terra da
abundância.
Nesta
proposta de Deus
para a vida
em abundância, cabe ao homem que
guarda esta amizade em seu coração: “mas o Senhor pousa o olhar
sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor” (Sl
32,18), voltar-se
ao seu Amigo: “Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação
santa, não devido às nossas obras, mas em virtude do seu
desígnio e da sua graça” (2Tm
1,9)
como fez Abraão: “e Abraão partiu, como o Senhor lhe havia dito”
(Gn 12,4) que,
para estes tempos presentes, a vida em abundância na
terra prometida
acontece
pela:
“graça, que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade”
(2Tm 1,9c) repetindo
a nós, o
convite feito a Abraão, para
crer na promessa que agora está
no Cristo: “'Este
é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!”
(Mt
17,5b), e Deus espera de nós que, assim como fez Abraão, que o sigamos,
como o Senhor nos diz hoje para seguir, abandonando este homem velho,
medíocre, egoísta, e insensível para um amor tão grande que é
gratuito, que é Graças, que é Vida.
Músicas
para a Liturgia:
Canto
de Entrada: Volta meu povo ao
teu Senhor – Letra: Maria
de Fátima Oliveira Fr. Telles Ramon, O. de M. Música: Pe.
José Weber, SVD. CF 2014
Ato
Penitencial:
Senhor que fazeis passar da vida para a morte quem ouve a tua
Palavra – Letra: Missal Romano, Música: Jair Costa. CF 2013
Aclamação
ao Evangelho: Glória a Vós, o
Cristo: De uma nuvem
brilhante falou Deus, o Pai: “O meu Filho querido, ó povo,
escutai!”. Pe. José Carlos Sala. CF 2017.
Canto
de Oferendas: Benditos és tu.
Letra: Fr. José Moacyr Cadenassi OFM Cap. Música: Pe. Ney Brasil
Pereira.
Santo:
Santo quaresmal. Pe. Geraldo
Leite Bastos.
Comunhão:
O Pai teu povo busca vida nova.
Letra: Pe. José Antonio de Oliveria, Música: Pe. José Carlos Sala.
CF 2013
Final:
Hino da Campanha da
Fraternidade 2017.
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