É possível notar que as grandes economias apressam-se para estabilizar os mercados, no entanto, sem se dar conta que se trata de um processo irreversível, pois o modelo econômico sustentado pelo neoliberalismo que se ascendeu na década de 70 sobre um capitalismo decadente, também está falindo porque se sustenta no princípio da acumulação de riquezas que, atualmente, concentra as riqueza em apenas 3% da população mundial, excluindo uma grande quantidade de pessoas que ficam desempregadas, sem comida ou sem condições mínimas de dignidade.
Com isso, provoca diásporas de nações que estão economicamente mórbidas, para países que oferecem melhores condições de vidas, daí a ideia de globalização reversa, como uma reação pontual, para se curar um sangramento econômico, enquanto o mundo espera uma solução para a causa.
Esse sistema fundado na acumulação da bens não consegue olhar para um todo, mas somente para o interesse próprio, assim, não mede consequências para alcançar seus objetivos de construir torres para se chegar aos céus, com patrimônios gigantescos, que são adquiridos com a morte do meio ambiente e pela extinção de outras espécies de vida mineral, vegetal e animal, colocando em risco a sobrevivência da própria espécie humana.
Essa realidade é colocada diante dos olhos da humanidade num momento da mudança para a era antropoceno (mudança pelos efeitos humanos) que clama por um modelo econômico de propriedade privada, de livre iniciativa, mas pautado pela moderação na concentração de recursos e, em uma distribuição de rendas mais equitativa, assim, prepare-se pois se um dia você acompanhou o processo global que criou a grande cidadania europeia, ele se encontra ruindo por abalos sísmicos do fenômeno anti global da reclusão de mercados, cuja tendência culmina numa implosão de mercados.
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