Pular para o conteúdo principal

11º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Ao acompanhar a homilia na missa do domingo percebemos a grandeza da ação do Espírito Santo sobre o sacerdote, que o inspira a revelar tantas belezas na Palavra Viva de Deus. Por isso, sintimos ser necessário apontar que as reflexões feitas aqui, decorrem também da ação do Espírito Santo, mas na centelha da vivência de um humilde cristão que não tem a pretensão de  superar a grandeza da língua de fogo, na chama que arde no altar.

No 11º domingo do tempo comum a liturgia nos leva a refletir que poucos nos dedicamos a Deus quando nos sentimos seguros. Sim, parece-nos contraditório, mas, quando sentimos que tudo vai bem, tudo está no seu lugar, tudo está conforme queremos, tendemos a nos distrair da amizade com Deus, como nos é mostrado no Evangelho de Jesus:

'Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinqüenta. Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?' Simão respondeu: 'Acho que é aquele ao qual perdoou mais.'

Quando estamos seguros tendemos a visitar pouco Deus e relaxamos nas orações, e reduzimos nossa amizade com Ele, a acídia toma conta de nós como nos mostra a primeira leitura:

Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Eu te ungi como rei de Israel, e salvei-te das mãos de Saul. Dei-te a casa do teu senhor e pus nos teus braços as mulheres do teu senhor, entregando-te também a casa de Israel e de Judá; e, se isto te parece pouco, vou acrescentar outros favores. Por que desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o que lhe desagrada? (2Sm 12,7-9).

Mas, a amizade de Deus conosco é grandiosa, e apesar de todos os nossos defeitos, ele nos purifica sem exigir de nós uma conduta perfeita, ao invés disso, espera de nós apenas uma amizade sincera. Com isso, pede a nós apenas que permaneça no seu amor ao invés de agir de forma impecável nas condutas e leis, dizendo-nos que é pela fé e não pela conduta que somos salvos.

Músicas para a missa.

Serão publicadas no decorrer da semana até o próximo sábado.  


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Uso do Projetor Multimídia ou Datashow nas Celebrações Litúgicas

Laurentino Lúcio Filho 1 Na praxis cristã , a Igreja em sua caminhada litúrgica se depara nos dias de hoje com os novos recursos para a divulgação da Palavra. Aqui em especial o destaque é para o recurso mediático do computador que acoplado ao um projetor, divulga mensagens aos fiéis nas celebrações litúrgicas. Sobre esta nova tecnologia vale a inspiração da Instrução Pastoral Communio Et Progressio de 1971, § 126: “ Cristo mandou aos Apóstolos e seus sucessores que ensinassem 'todas as nações', que fossem 'a luz do mundo', que proclamassem o Evangelho em todo o tempo e lugar. Do mesmo modo que Cristo se comportou, durante a sua vida terrestre, como o modelo perfeito do 'Comunicador', e os Apóstolos usaram os meios de comunicação então ao seu alcance, também o nosso trabalho apostólico atual deve usar as mais recentes descobertas da técnica. De fato, seria impossível, hoje em dia, cumprir o mandato de Cristo, sem utilizar as vantagens of

Falta do dinheiro:cuidados contra o infarto e depressão

1. 1 A conjuntura do agora Os efeitos da pandemia vivenciado nos tempos presentes além de provocar a batalha nas linhas medicinais, nos faz enfrentar outro grande desafio, o comprometimento dos recursos financeiros. Há muitas famílias neste momento que estão sem sustento, muitos negócios estão a beira do abismo, nos deixando apreensivos e angustiados, porque sem dinheiro, a sensação que dá é a de que “não conseguimos respirar”, como se vê no dilema registrado pela Associação de Lojistas de Shoppings de Minas Gerais: “ Até o momento, segundo França, já foram fechadas de forma definitiva ou estão em processo de encerramento 1,5 mil lojas e demitidos 10 mil trabalhadores nos shoppings de Minas Gerais. ‘ Estamos muito preocupados com a situação. Os lojistas estão sem faturamento e os custos fixos são elevados. Além disso, o crédito disponibilizado para capital de giro não chega ao empreendedor. Os bancos, devido ao receio de inadimplência, estão com muitas exigências e juros

Acusamos o governo fazendo exatamente a mesma coisa que ele

O povo grita... governo fascista, não quer ser transparente, não quer divulgar a verdade, porque é muito fácil apontar o erro dos outros, porque é um jeito de esconder os próprios erros, como já diziam os perversos “a melhor defesa é o ataque”. E como ponto de partida, nos valemos das palavras do Jornalista Ricardo Amorin, no seu perfil de rede social, de domingo 07 de junho, quando comentou a solução governamental como: se se identifica a febre, quebre o termômetro e acabou o problema, e, ainda, as palavras do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na entrevista concedida à Globonews nesta segunda feira, 08 de junho, ao dizer que o governo quando se deparou com a má notícia, deu como solução, matar o carteiro, pode-se dizer que tudo isso, é o efeito da gélida indiferença e severo egocentrismo da sociedade líquida de Zygmunt Bauman, em que nada importa, a não ser o eu mesmo, dentro de um mundo que se tornou ilusão na virtualidade, ou, realidade introspec