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Sabedoria, muitos a vêem mas, não a exergam


A essência da tua alma se alegra quando você a encontra, porque ela é deslumbrante, te deixa sem palavras, te sufoca o coração, ela te embriaga com amor: “penso em vós no meu leito, de noite, nas vigílias suspiro por vós"(Sl 62,4)! Como a uma mãe, ela gerou todas as coisas, e por ela, tudo é criado, pois, desde o princípio ela estava em Deus, e ela era Deus, como Verbo de Deus (Jo 1,1-4).
No projeto do Amor, quando o homem estava condenado à morte por seus próprios erros, e o mundo caminhava para o abismo, ela transfigurou-se em amor, cuja força deste amor, teceu sua encanação como homem. Se fez pequena como o homem, no meio dos homens,
por amor, carregou sobre os ombros os erros que os ameçavam de morte, libertando-os, e deles se declarando “solução de Deus” contra toda a opressão humana: “para mim fostes sempre um socorro; de vossas asas à sombra eu exulto (Sl 62, 4b)!
Do verbo que se torna carne, brilhou para o mundo como redenção, e, o mundo não a conheceu, e rejeitando-a, a oprime até que suas fauces fiquem roucas de gritar o amor, porque eles não querem ouvir, e, até que sua carne volte ao pó, para que não ameace suas misérias, mas, como gênese do próprio amor, a vida é regenerada, vencendo a morte, ela: “morreu e ressuscitou – e esta é nossa fé” (1Ts 4,14).
Ela é facilmente contemplada por aqueles que a amam (Sl 62,12), ela é a sabedoria, no entanto, loucos e homicidas lutam para que sua luz volte para a mansão dos mortos, mas a grandeza de sua força geradora da vida se impõe, e sua luz jamais se apaga, sempre a aquecer o coração dos homens com a sua redenção.
As vezes, o coração dos amigos da sabedoria se vêem sob nuvens escuras, que os confundem, mas ela sempre está a brilhar, se dando a conhecer a quem a segue, contudo,  tão grande é a miséria humana, que mesmo diante de tantos deslumbres de amor, há ainda, quem rejeite a sabedoria para adotar suas próprias misérias.
Se existe vida, foi ela quem construiu, sempre repleta do amor. Por isso, o amor não se separa da vida e, se você está vivo, o amor está em você, porque você foi feito pela Sabedoria que não cansa de te amar.

Celebração do 32º domingo do tempo comum – Ano A
Canto de Entrada: Vem eu mostrarei.Pe. Vigne
Ato Penitencial: Perdão Senhor pelas vezes que sufocamos. Casemiro Vidal Nogueira
Aclamação: É preciso vigiar e ficar de prontidão: Cecília Vaz Castilho
Apresentação das Oferendas: Bendito és tu. Fr. J. M Candenassi, ofmcap/Pe. Ney Brasil Pereira.
Comunhão: Vem eu mostrarei. Waldeci Farias
Canto Final: Raínha da Paz. D.R.


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