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Onde estão os fortes?


A cada dia que acordo, vejo no sol, o doce olhar de Deus, e ele me envolve como se eu estivesse apaixonado, pois sinto todo o fulgor de seu amor em meu peito, Ele recobra minhas forças e me faz levantar, me traz diante dos olhos a grandeza de suas obras, no
sorriso das pessoas, na sinfonia matinal do louvor dos pássaros, e me dá a certeza de sua mão a me embalar na esperança do olhar sobre todos os sonhos que lhe apresento a cada manhã: “não há, além de ti, outro Deus que cuide de todas as coisas e a quem devas mostrar que teu julgamento não foi injusto” (Sb 12,13).
Mas é difícil se manter fiel diante de um mundo que parece morto: “enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora (Mt 13,25)”, nas guerrilhas das ruas, na violência covarde contra o idoso, contra o bebê no ventre da mãe, dos doentes que esperam atendimento médico, no egoísmo dos representantes do povo que administram covardemente em troca do puro interesse próprio, do empresário ganancioso que faz qualquer atrocidade para garantir seu lucro e não se importam com o sofrimento do povo, mas, o mundo de Deus não está morto, o reino de Deus está escondido daqueles que não são amigos de Deus: “abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo (Mt 35b)”.
E o grito de Deus é mais forte, e em meio a desumanidade sua voz vem chamar a atenção de seus fiéis para que olhem para a sua misericórdia: “vós, porém, sois clemente e fiel, sois amor, paciência e perdão. Tende pena e olhai para mim!” (Sl 85, 15-16a).
Confirmai com vigor vosso servo, pois Ele não abandona aqueles que são seus: “sois tão grande e fazeis maravilhas: vós somente sois Deus e Senhor (Sl 85,10)!”. E se muitas vezes perdemos a capacidade de rezar, de acreditar em meio a tanta covardia do espírito imundo da desumanidade, ele coloca naqueles que são seus, um Espŕito a clamar por justiça: “também, o Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor,com gemidos inefáveis (Rm 8,26)..
Ele nos conduz de volta a simplicidade do amanhacer, dizendo olhai para as pequenas coisas: “o Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas (Mt 31b-31), vejam como eles tomam forma e se transfornam em grandes, da mesma forma que Ele é pacencioso conosco: “Vós, porém, sois clemente e fiel, sois amor, paciência e perdão” (Sl 85,15), perdoando nossas faltas, ele pede, que tenhamos paciência até que o Amor se instale completamente como Reino: “no entanto, dominando tua própria força, julgas com clemência e nos governas com grande consideração: pois quando quiseres, está ao teu alcance fazer uso do teu poder” (Sb 13,18), e assim devemos permanecer em tempos de tanta desolação, na certeza de que a Glória de Deus virá, “deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e o amarrai em feixes para ser queimado!” (Mt 13,30).
Senhor, despertai-me neste amanhacer no Amor que dá a vida: “assim procedendo, ensinaste ao teu povo que o justo deve ser humano; e a teus filhos deste a confortadora esperança de que concedes o perdão aos pecadores” ( Sb 12,19).

Músicas para a celebração da liturgia do 16º Domingo do Tempo Comum - Ano A - 23 de julho de 2017, missa das 7:00 horas - PSCJTaubaté – Igreja Matriz
Canto de entrada: Vamos caminhando lado a lado. Ir. Miria Kollings
Ato Penitencial: Senhor vós sois o caminho: Pe. José de Fretias Campos
Canto de Aclamação: Aleluia, Aleluia, Aleluia: Felizes os que observam a Palavra do Senhor, de reto coração. E que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! CD Liturgia VI – Faixa 20.
Apresentação das Oferendas: Só em ti viver. D.R.
Comunhão: Eu rendo Graças (Por esta paz). J. Thomaz Filho/Frei Fabretti, ofm.
Final: Rainha da Paz

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